Aos seis anos, campus Realengo celebra trajetória e planeja novos horizontes.
Comemoração reuniu novos e antigos servidores e alunos do primeiro campus da Rede Federal voltado à área da Saúde no país
Uma pequena equipe de servidores, que cabia em uma única sala de aula, deixava as instalações provisórias no campus Nilópolis em direção a uma área de 22 mil metros quadrados, a cerca de 1 km da estação de trem de Realengo, na Zona Oeste do Rio. Era o segundo semestre de 2009. Começava ali a história do primeiro campus da Rede Federal do país voltado para a área da saúde.
Seis anos depois, o campus Realengo atende atualmente a 610 alunos, em três cursos de graduação. São noventa vagas semestrais em Farmácia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional. A instituição recebe hoje estudantes da própria região e de outros municípios do Rio de Janeiro, além de alunos de estados como Pernambuco e Bahia.
A celebração desses mais de dois mil dias de vida do campus Realengo aconteceu nesta quinta-feira, 5, em um dos pátios da unidade. Reunidos próximos ao chichá – a imponente árvore símbolo do campus –, professores, alunos, técnicos administrativos e profissionais terceirizados fizeram um encontro para comemorar o que já foi feito e assumir o compromisso de continuar a oferecer a educação pública e de qualidade pela qual a comunidade da Zona Oeste lutou por décadas.
O reitor do IFRJ, Paulo Assis, participou da cerimônia e lembrou a primeira vez que visitou o campus, em 2009, quando caminhões de terraplanagem ainda começavam a dar forma à extensa área verde da unidade. Para o reitor, a interação do campus com a comunidade foi sempre uma das principais marcas da instituição. “A formação acontece de forma integrada, procurando sempre atender à comunidade, porque há uma associação muito grande com política de serviço público de saúde”, destacou o reitor. Um dos símbolos dessa interação é a Clínica Escola que funciona nas instalações do campus. Em funcionamento desde julho de 2014, a unidade recebe a comunidade do entorno para atendimento fisioterapêutico e de terapia ocupacional, além de ser, muitas vezes, a primeira experiência profissional de estagiários do próprio campus.
Desafios já estão postos para os próximos anos
Os três cursos de graduação do campus já são reconhecidos e avaliados pelo MEC com o conceito 4, em uma escala que vai até 5. Para o pró-reitor de Graduação, Hudson Silva, esses números são consequência de todo um conjunto de trabalhos que começou ainda em 2009. “Isso é resultado de um bom projeto pedagógico, conectado com a realidade e com a demanda social, e de todo o trabalho na construção de uma estrutura e da própria formação dos estudantes”, comenta o pró-reitor.
Além do que já é realidade, outros desafios traçados começam a assumir contornos mais definidos. Este ano, o campus Realengo começa a atuar como pólo de Educação a Distância, com o curso técnico de Agente Comunitário em Saúde. A ampliação da infraestrutura é outra demanda para os próximos anos. Auditório, quadra de esportes e um prédio para sala com professores estão em pauta nos projetos da direção do campus.
O principal desafio, contudo, é a concretização do primeiro curso técnico da unidade. O campus já conta com a expectativa de oferecer, em breve, a formação profissional de nível médio em Análises Clínicas, cuja articulação, feita em parceria com o colégio Pedro II, começou ainda em 2013.
Para a diretora do campus, Sandra Viana, o momento é de celebrar a trajetória dos seis anos de existência da unidade e de redobrar o ânimo para desenhar o horizonte do campus nos próximos anos. “Nós estamos desde 2009 construindo este campus, com o compromisso de oferecer uma educação pública e de qualidade nesse lugar”, comentou a diretora. “Hoje é o dia de comemorar o que nós já fizemos e realizamos, mas com o compromisso de que a luta não para por aqui”, frisou.
Fonte: www.ifrj.edu.br.