Geral

Realengo 200 Anos

Realengo está fazendo aniversário e não é um simples aniversário; junto com ele festejamos também a alegria de fazer parte desse bairro. Quando vim morar em Realengo, há 28 anos, trouxe comigo a esperança de reconstruir a minha vida, vida essa despedaçada, triste e amargurada. Encontrei aqui nesse lugar o acolhimento que tanto precisava para renascer e fazer ressurgir um novo tempo, tempo de esperança e realizações.

Aqui encontrei o amor e a confiança para realizar meus sonhos acalentados por muitos anos. Foi em Realengo que fiz amigos, terminei de criar minha filha, aqui nasceu meu filho, conheci meu amor, plantei árvores e escrevi livros. Realengo é um bairro muito especial, apesar da idade ainda falta muita coisa a ser conquistada para que seus moradores possam viver com tranquilidade.

Precisamos da construção de mais escolas e que elas tenham segurança para os nossos filhos estudarem e serem homens de bem, postos de saúde, médicos. Necessitamos de mais linhas de ônibus direto para o centro da cidade, local de trabalho da maioria dos seus moradores. Enfim, precisamos ainda de tantas coisas que precisaria um espaço maior para citar.

Vou ficando por aqui com a certeza de que um dia veremos nosso bairro sendo citado pela mídia como o melhor bairro para se viver no Rio de Janeiro, lugar de gente humilde, corajosa e trabalhadora. Porque quem faz o lugar é o povo que vive nele e aqui vive um povo cheio de esperança e confiante de que os seus sonhos não são UTOPIA.

Escritora do Jardim Novo

Carminha Morais

Autora dos livros: Ministério Abba Pai, Felicidades se constrói em doses homeopáticas, Onde anda você? Vidas entrelaçadas pelas linhas do tempo, Simplesmente por Amor, Muito Além das Estrelas, Estou de Olho em Você, O Trem da Minha Vida, e os Contos e Afins.

OPINIÃO:
Por Luiz Carlos Chaves

Eis que é chegado o Outono… E que bom que o verão se foi, deixando pra trás todas as camisas suadas, e o mal-estar de dias muito quentes, com temperaturas em torno de 50 graus. Já não aguentava mais aquele calor brabo, logo eu, que na juventude, fui rato de praia, chegava cedo e saía quase ao anoitecer, com um gosto de ainda quero mais, com muito frescobol, mergulhos para refrescar e tirar o cansaço, e a competição de pegar um Jacaré até a areia. Foi bom demais… Adorava o sol, como forma de ficar bronzeado, e ficar bonitinho para as menininhas… Essa fase passou, e hoje curto mesmo é um bom papo, com aquela pessoa do bem, de bom humor e alto astral, que me faz rir de tudo ao meu redor, e com muita sombra e água fresca, sem esse calorzão que já se foi com o Verão…

Mas nesses dias, o tom da conversa tem girado sempre em torno de um assunto, que muitos de nós estamos deixando de lado, e que é pra lá de fundamental para nós moradores deste bairro. Falo do Rio Catarino, e tudo que ele nos causa em dias de chuva forte. O Rio Catarino é um rio estreito, raso e saturado, e jamais poderia ter recebido as obras do Rio Cidade, onde as águas pluviais, do lado da Av. Santa Cruz, foram jogadas para esse Rio. Elas deveriam ter sido jogadas para o Rio Piraquara, que é largo, profundo e não saturado.

Por motivo de economia porca, e a falta de um estudo de impacto, o Catarino recebeu, no final de 1999, as águas advindas da chuva, numa ligação em frente à Universidade Castelo Branco, e depois desta ligação feita, aliada à ignorância das pessoas que teimam em jogar lixo nos rios, os transtornos que ficaram, são enormes, causando danos a uma grande população, que fica rezando para não chover forte, pois toda uma região fica inundada, desde a Av. Santa Cruz, em frente a Universidade Castelo Branco, Rua Bernardo de Vasconcelos, onde ficam a Comlurb, e os Colégios Coronel Corcino e Gil Vicente, e a estação de trens de Realengo, até a Av. Brasil, quando finalmente se encontra com o Rio Marinho e continua seu curso para o Estado do Rio.

Mas, o maior transtorno causado, é na Favela do Vintém, que fica com muita lama e sujeira, e todas as ruas próximas também ficam sujas e alagadas, como a Estrada da Água Branca, Rua Petrópolis, Rua Recife, Rua Marechal Falcão da Frota, Marechal Agrícola, Marechal Marciano, Rua Barão Triunfo e muitas outras… Uma verdadeira tragédia.

Existem muitas soluções para essa burrada que foi feita no Rio Cidade, e cito uma solução como exemplo de tantas outras, que é rasgar a Rua Professor Venceslau, atrás da Universidade Castelo Branco, em linha reta, direto, colocando manilhamento até o Rio Piraquara, que é como a obra do Rio Cidade deveria ter sido feita, numa obra de aproximadamente 1 quilômetro, para esvaziar um pouco do volume do Rio Catarino. Mas o que falta mesmo para acabar com esse problema nefasto é vontade política, é vontade de acabar com o sofrimento de quase 20 mil pessoas que são atingidas toda as vezes que chove forte. Isso só terá fim, quando a população for para as ruas, e cobrar do Governador e do Prefeito o fim deste sofrimento.

Como somos um povo acomodado e sem culhões, vamos viver essa tragédia anunciada, ainda por muitos anos, a não ser que apareça um ser que torne possível a sensibilização da grande massa deste local, botando o bloco na rua, com faixas, e tudo que se puder fazer para causar transtorno e chamar a atenção, e que se cobre de maneira efetiva, as obras necessárias, para dar fim a essa esculhambação de falta de vontade em dar fim ao sofrer dos moradores de Realengo, por onde o Rio Catarino passa.

Luiz Chaves
Luiz Carlos Chaves

Mas a solução fica difícil pois não se tem onde colocar uma placa de realização da obra, porque é debaixo do chão, e por isso os políticos não serão reconhecidos, e não se esforçam para concretiza-la, daí a dificuldade em se fazer uma obra, e não ser lembrado pelo feito. Isso é uma “Vergonha”… Com a palavra os políticos da Região Administrativa, Sub Prefeitura, Vereadores e deputados da Zona Oeste.

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