Colégio Pedro II : Campus Realengo inaugura Teatro

Publicado em 3 de dezembro de 2014 por Realengo em Pauta

Teatro Bernardo de Vasconcelos

Teatro Bernardo de Vasconcelos

No dia  02 de Dezembro a comemoração pelos 177 anos do Colégio Pedro II, em uma belíssima cerimonia realizada no Campus Realengo mas quem acabou ganhando um presente foi o bairro de Realengo, Com a inauguração do Teatro Bernardo Pereira de Vasconcelos. A conclusão do teatro marca o encerramento da implantação do Campus Realengo que se iniciou em 2006.

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Esta cerimonia contou com a presença do  Reitor Oscar Halac, da ex Pro-reitora Vera Maria Ferreira Rodrigues e o Diretor Geral do campus Realengo II Miguel Villardi, dos professores, alunos, funcionários e autoridades convidados. O local escolhido para o projeto  é um prédio construído em 1918 para abrigar a usina termoelétrica  da antiga fábrica de cartuchos. O teatro teve projeto arquitetônico do ex- aluno do Colégio Pedro II professor Jose Dias. A solenidade de inauguração contou com discursos do Reitor Oscar Halac e da Professora Vera Maria. A fita de inauguração foi cortada por duas alunas da unidade. Uma representando o Pedrinho e outra representando a Alfabetização de Adultos (EJA).

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A cerimonia iniciou com a entrada da fanfara do Colégio Pedro II, sendo precedido pelo pelotão da bandeira, sendo executado o hino nacional e o hasteamento das bandeira do Brasil do Estado do Rio de Janeiro e do Colégio Pedro II.

Já dentro do Teatro o Diretor Miguel fez uso da palavra e deu inicio a apresentação do dia. As apresentações de inauguração ficaram a cargo de alunos e professores do Colégio Pedro II sendo iniciada com os alunos do Pedrinho apresentando o hino da Educação Infantil. O Coral do Campus Realengo II apresentou para o publico sua belíssima afinação. Depois os professores  Roberto Stepheson (sax) e Daniel Costa (violão) tocaram “Assanhado”, de Jacob do BandolimFelipe César e o professor Leonardo Masquio (violão) apresentaram “Sábado em Copacabana”, de Caymmi. A Orquestra de Flautas de Realengo tocou um forró de autoria do professor Stepheson . O Coral do Campus Realengo II encerrou o evento com  ”Prece ao Vento”, musica  do repertorio de Dorival Caymmi, e “Aleluia”, de Handel.

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Mc.Magalhães: Ícone da Cultura Funk Carioca.

Mc.Magalhães e Marcelo Gularte que dirigiu o documentário. foto Cleber de Jesus

Ícone da Cultura Funk Carioca

Marcelo Gularte, morador de Realengo, cineasta que dirigiu o premiado curta “Bangu Território em Transição”. Fez dia 1° de maio a pré-estreia, na sede do Bangu Atlético Club, do seu mais novo documentário, também um curta, “Mc Magalhães uma Lenda

Viva do Funk”. O filme conta um pouco da história desta pessoa emblemática da cultura funk que é conhecida em toda a cidade do Rio de Janeiro, sobretudo na Zona Oeste.

 

O diretor, habilmente alterna imagens do protagonista em diferentes locais da cidade do Rio, com depoimentos de Marcus Faustini, Chiquinho do Pandeiro, DJ Marcelo André, MC Leonardo, Clécio Régis, Mc Marcinho entre outras pessoas que conhecem e admiram o trabalho de Magalhães, além de sua mãe, D. Vera. As imagens do MC corroboram os adjetivos que os depoentes atribuem a ele: alegria contagiante, simplicidade, pureza, humildade e garra e afirmam a importância que ele tem para a cultura popular carioca. Gularte aborda ainda, a querela judicial com a Furacão 2000, que teria se aproveitado da simplicidade e pureza do Magá.

 

 

O “Rap do Trabalhador” tornou Magalhães conhecido em todo o Brasil, e é sua composição de maior relevância e reconhecimento. Esta música fez muito sucesso na década de 90 e inseriu Magalhães no cenário do funk, com o seu jeito crítico e peculiar de compor. A música trás uma crítica política a maneira como a prefeitura, sob a administração do então prefeito, César Maia, reprimia os vendedores ambulantes na cidade e fala do cotidiano do MC.


Rap do Trabalhador – autoria de Mc. Magalhães

 

 

Tchurunanublaze............Maroulive
Tchurunanuglanver.........Maroulevre
Vendo Chokito-ô............Marouglive
Tira o Pali-blazer............Lalalalá
Vendo bala....................eu Trabalho
Vendo Chokito-ô............Magalhanze
Trabalhador-ô.................quele Rap
Euuueuderado................temarada
Vende Bombom-ô..........Magalhanze
Considerado-ô................qualquer parada
Compro barulho-ô...........Magalhanze
Trabalhador-ô..................vendo bala
Tomaram minha caixa.....de bombom-ô
Do serenata....................de amor-ô
Aquele Rap.....................eu trabalho
Considerado-ô.................patabalho
Vou pro Coleginho-ô.........César Maia
Quebrou a firma...............César Maia
Todo mundo duro-ô.........Magalhanze
"Agora dança do Magalhães vai lá
ôôôô.......Magalhanze"
É quatofunke..................Maroulive
Tchurunanublaze............Marioklunfer
Cato garrafa....................No Mackenzie
É Magalhanze................Magalhanze
Você trabalha..................Vende Chokito
Tchurunanublaze.............Maroulive
Tchurunaluglanve.............lalalalá
Considerado-ô.................me pegaro-ô
Tomaram minha caixa......de bombom-ô
Serenata de amor-ôôô......Magalhanze
A Verdade.......................a verdade
Mando nas mulheres........eu que mando
É eu que mando...............Magalhanze
Você que é o cara............Magalhanze

 

Amigos do Magalhães na pré-estréia em Bangu. Foto Fernando Machado

Ignorando preconceitos gramaticistas, concordo com Marcus Faustini quando diz que existe sofisticação em sua composição e ele parece flertar com a poesia concreta, ainda que nem ele mesmo saiba disso.

Magalhães e sua mãe Dona Vera.(momento família.) foto cedida pelo blog Pró-Realengo

Magá assistindo atentamente o documentário sobre ele. foto cedida pelo blog Pró-Realengo

O talentoso artista multimídia Marcelo Gularte, mais uma vez ratifica seu compromisso com suas raízes e volta seus olhos aguçados, para a zona oeste. Esta região da cidade que é extremamente esquecida por projetos culturais enquadrados ou não em editais públicos ou leis de incentivo a cultura. E tem uma carência enorme de espaços culturais públicos.

 

 

 

O filme, por se tratar de um curta metragem tem sua limitação temporal, e quando estamos nos divertindo e apreciando conhecer um pouco da vida de Magá, abruptamente ele acaba nos deixando um “gostinho de quero mais”.


 

Por Armando Gamboa  / Produtor Cultural


Outras referencias a ele na Net. http://www.funkderaiz.com.br/2009/02/mc-magalhaes.html

No Blog pró-Realengo

http://www.pro-realengo.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=509:magalhaes-um-famoso-desconhecido&catid=49:dicas&Itemid=57

No Youtube

http://br.youtube.com/watch?v=mF45tgIkv7I

Olhem a montagem do “Rap do Trabalhador”

http://www.youtube.com/watch?v=iZ8f9PccIJY

EC JORGE BENJOR PREPARA A VOLTA

 

O novo espaço em panoramica

 

Por MARCELO QUEIROZ

Conversamos com Sergio Abraão Barreto, o Zinho, presidente da ONG Subúrbio Carioca fundadora do Espaço Cultural Jorge Benjor e que administra a Lona cultural Hermeto Pascoal em Bangu e o Espaço Cultural Subúrbio Carioca em Magalhaes Bastos.

 

Sergio Abraão Barreto, o Zinho, em frente ao novo Espaço

 

 

O INÍCIO DO ESPAÇO JORGE BENJOR

Sergio nos conta que em 2007 em parceria com a Supervia e com ajuda de alguns moradores que já tinham participações neste segmento, criou o Espaço Cultural Jorge Benjor com o intuito de fomentar a cultura e área social na região. O Espaço foi uma homenagem ao famoso cantor popular. Não havia apoio do poder público e os artistas aceitaram a ideia. Assim vários nomes da música se apresentaram no local, a começar pelo padrinho Jorge Benjor, que ficou muito feliz com a homenagem, visto que tinha recebido homenagens mundo a fora, mas aqui no Brasil não. Lá se apresentaram nomes como Marcelo D2, Pitty, Flavio Venturini, Alcione, Guilherme Arantes, Zeca Baleiro entre outros.

 

Entrada do antigo Espaço Jorge Ben Jor

 

 

O FECHAMENTO PARA OBRA DO VIADUTO

Sergio nos fala que tudo vinha se mantendo com muita dificuldade até o Espaço precisou ser fechado para obra de duplicação do viaduto de Realengo. A ONG Subúrbio Carioca apoiou a iniciativa, pois a obra era importante para o bairro e se a ONG queria transformação para o bairro, ela não poderia ser contra o viaduto que traria benefícios para toda população.

O prefeito Eduardo Paes conversou com a ONG e propôs a cessão de outro terreno para um novo Espaço Cultural Jorge Benjor. Na época a entidade não sabia onde seria, era um momento um pouco conturbado, pois era época de eleição e com o prefeito buscando a reeleição. Após muitas buscas por um  terreno que servisse ao Espaço, surgiu a possibilidade de ficar perto do antigo local, embaixo do novo viaduto, o que agradou à ONG, que tinha fechado o Espaço para o viaduto e nada mais justo reabri-lo ao lado. Não haveria necessidade de desapropriar praça ou outro terreno, já estava pronto lá em baixo do viaduto. O prefeito topou e o Espaço já esta em obras.

 

Zinho mostra a planta do novo Espaço Jorge Ben Jor

 

A NOVA INAUGURAÇÃO

Ainda não há data para inauguração. Sergio nos fala que obra pública é complicada para ter uma data para inaugurar. Mas nem por isso a ONG Subúrbio Carioca não está preparando a nova inauguração. Claro que a presença do padrinho Jorge Benjor é esperada. Mas existem outras atrações para essa inauguração. Sergio nos conta que o cineasta francês BENJAMIN RASSAD, que vai trazer o também francês VICENT MOON, maior captador de imagens e som do mundo para documentários, fará um documentário sobre a vida de Jorge Benjor e isso vai acontecer em 2014 com fechamento na Copa do Mundo. E a ideia é fazer algumas filmagens do documentário na inauguração do Espaço Cultural Jorge Benjor.

 

Planta do novo Espaço Jorge Ben Jor

 

 

O novo Espaço Cultural JORGE BENJOR

Em relação ao antigo Espaço, Sergio nos conta que perdeu muito em relação à área. No antigo cabiam 2000 pessoas, neste novo Espaço Sergio acredita que possa receber cerca de 600 pessoas bem acomodadas. Fala com a experiência de quem já administrou a lona cultural Carlos Zéfiro em Anchieta, a lona cultural Hermeto Pascoal em Bangu e o próprio Espaço Cultural Jorge Benjor. Perderam em área, mas ganharam um espaço com acessibilidade para cadeirantes nos com banheiros, com infraestrutura nova, com paredes com isolamento acústico, é mais fácil para trabalhar com a vizinhança, não vai incomodar tanto, um espaço mais aconchegante, com estrutura melhor para receber os artistas, para desenvolver os cursos e oficinas, para receber os alunos, a própria comunidade com suas ações aqui dentro do bairro, vai ficar mais fácil recebe-los, maior conforto.

-Não adianta ter um espaço com uma capacidade imensa e não consegue receber as pessoas com conforto.

 

Sergio Abraao Barreto nostra como será a configuração do novo Espaço

 

A DATA DA INAUGURAÇÃO

Indagamos se o Espaço vai ser inaugurado em 2013, o que foi confirmado por ele. Tudo está sendo preparado para fevereiro. Sergio acredita que seja no final fevereiro o término da obra, e gostaria que a inauguração fosse feita no dia 23 de março, aniversário de Jorge Benjor, o que segundo ele, seria um prazer para si próprio e para o próprio Jorge Benjor se fosse neste dia. De qualquer forma eles estão preparados para a inauguração se dar no primeiro semestre de 2013 e da forma que explicou Sergio Abraão, ZINHO nesta entrevista ao Realengo em Pauta.

Fotos: LUIZ FORTES

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