Sobre Realengo em Pauta

Um Jornal totalmente dedicado ao bairro de Realengo. Informando e dando espaço em suas paginas, para que seus moradores expressem suas opniões, encaminhem sugestões e abre espaço para que comerciantes e empresários divulguem seus produtos ou serviços e com isso alavancar o progresso do bairro, gerando emprego aos seus moradores e melhoria de renda.

Com recursos federais, prefeitura pode solucionar enchentes em Realengo.

Alô, Alô Realengo, Aquele abraço. É o trecho de musica de Gilberto Gil que diz que o Rio de janeiro continua lindo.

Nas décadas que sucederam a passagem do artista pelo bairro muita coisa mudou. Realengo cresceu e nas ultimas décadas vem sofrendo com as chuvas que caem no período chuvoso do ano.  Essas chuvas trazem enormes prejuízos aos moradores e comerciantes do bairro.    A situação piorava a cada ano e um grupo de pessoas do bairro resolveu criar um movimento para chamar a atenção das autoridades para o problema. Era criado em Janeiro de 2023 o SOS REALENGO URGENTE um movimento para tratar das enchentes que prejudicavam a vida de quem morava, trabalhava ou passava por Realengo em dias de chuvas.  Os movimentos sociais não são uma novidade em Realengo, na década de 80 foi criado aqui o movimento Pro Escola Técnica, que culminou na instalação do Campus do Colégio Pedro II e do IFRJ, nos terrenos da antiga Fabrica de Cartuchos de Realengo e o mais recente pela criação de um Parque verde no bairro.

Comissão do SOS REALENGO URGENTE

Comissão do SOS REALENGO URGENTE

 

O Blog Pro Realengo e o Jornal RealengoEmPauta foram conversar com a comissão do SOS REALENGO URGENTE, para que eles contassem a historia do movimento que está trazendo melhorias para o bairro de Realengo. E também om o Subprefeito da Grande Bangu, Sr. Robson Gomes mais conhecido como Robson do Chocolate.

Criador do Blog Pro Realengo , Luiz Fortes é gráfico aposentado e participante da comissão do SOS REALENGO

Luiz Fortes

URGENTE deu seu relato com morador do bairro: – Sou morador de Realengo há 64 anos, inclusive eu nasci nessa rua Oliveira Braga (atual Prof. Carlos Wenceslau), de preguiça eu nasci em casa mesmo. Então eu vejo há muito tempo acontecer essas enchentes e como nosso amigo Cerqueira falou aqui antes, os bueiros são de décadas passadas é de muito tempo atrás, então era uma população menor então a estrutura dele era menor, hoje é mais que necessário que isso seja ampliado e o Movimento SOS REALENGO URGENTE, tá batendo nessa demanda. Isso começou agora? Não. O movimento popular existe de muito tempo, mas agora com a interação da internet, ficou muito mais fácil. No início nós começamos a fazer, mandar mensagem para várias pessoa, e que elas fizessem o protocolo no aplicativo  1746, das suas demandas e botasse a (#) hastag  #sosrealengourgente. Isso incomodou a subprefeitura, que veio nos procurar: Que, que tá havendo? Que tá havendo? Com isso ocorreu à primeira reunião com o prefeito como já foi dito aqui e daí em diante o movimento só tem conseguido vitórias. Luiz Fortes conversou com os outros membros do SOS REALENGO URGENTE e trouxe para nós como eles criaram o grupo e o que esperam para o futuro.

JRP e BPR: O Jornal Realengo em Pauta e o Blog Pro Realengo estão aqui com o professor Arnaldo, morador do bairro e dono da Academia Arno, que teve a ideia de criar o SOS REALENGO URGENTE e vamos ouvir dele após um ano de criado o grupo qual a visão dele da situação da qual nós chegamos hoje?

Arnaldo Freitas (da Academia Arno)

ARNO DA ACADEMIA: Prazer estar aqui, sendo entrevistado pra falar desse movimento tão importante para o nosso bairro. Esse movimento surgiu na academia Arno, num dia de muita chuva no ano passado e como sempre com prejuízo que eu venho vendo por ai, pessoas perdendo seus moveis suas casas, carros, tragédia do Barata, e tudo que vem acontecendo. Eu sentei na academia um dia e resolvi fazer um grupo de movimento social entre as pessoas do bairro, criando assim uma comissão de gente, especializada, gente importante, como o Luiz, como o Ronaldo, enfim todos que fazem parte da comissão e a coisa foi crescendo e nós fizemos um grupo chamado SOS REALENGO URGENTE (SÓ ENCHENTES) E SOS REALENGO OUTRAS DEMANDAS PRA GENTE TRATAR NÃO SÓ DAS ENCHENTES E SEGRUANAÇA PUBLICA,  mas tratar também de outros temas importantes como transporte educação saúde, meio ambiente. E a coisa foi crescendo e nós tivemos uma reunião com o prefeito Eduardo Paes, junto ao subprefeito Robson, o anterior Borba os gerentes Locais Beto e agora o Rubinho.

Eu acho que a coisa está crescendo muito, e parece que as obras sairão, hoje o impacto das chuvas não tem acometido muito o bairro e a gente espera muito que a coisa vá melhorar e que o nosso povo realmente saia dessa tragédia que todo o ano inicia-se o verão.

JRP/BPR: Ouvimos também Rubens Andrade, membro da comissão e ex-vereador. Qual a sua visão a respeito do movimento SOS Realengo.

Rubens Andrade (ex-vereador): Estamos aqui hoje em frente da futura entrada do Parque Realengo, que nós

Rubens Andrade

chamamos Parque de Realengo Verde, com nossos amigos da comissão SOS Realengo, que é um movimento que surgiu aqui para formular uma proposta que eu considero um plano diretor de drenagem para o bairro e a região de Realengo, pois envolve rio Caldereiro, rio Caranguejo, rio Piraquara, rio Catarino e a drenagem para o rio Marinho, para a Bacia do Acari.

E a reformulação das galerias de águas pluviais e a construção de dois reservatórios de água para controlar o fluxo das águas evitando as enchentes, ou chamados piscinões, então foi uma articulação da sociedade, dos moradores, dos empresários, pessoas que amam Realengo.

E avançamos muito nestes últimos 14 meses desde a constituição da comissão, as visitas aos rios, a reunião com o prefeito, na conservação contratos próprios de manutenção e hoje nós viemos fazer uma visita ao Parque de Realengo, que se integra a conquistas importantes.

Então parabéns a todos que estão envolvidos que participaram e participam por um bairro melhor, pela qualidade de vida e pela sustentabilidade.

BPR/REP: JAIR Rodrigues, (morador da região do Campo do Periquito) Você como sindicalista rodoviário como encara essa luta coletiva?

Jair Rodrigues

 JAIR Rodrigues:  Estamos sempre lutando pelas melhorias em nosso bairro, nós temos ai várias demandas para serem feitas, e o Arno, conseguiu fazer este grupo maravilhoso de luta e melhoria não só contra as enchentes, mas também por mais segurança no bairro que a gente precisa. E tem mais coisas pra vir ai, pois nossa luta está bem incorporada pela população não somente de Realengo.

BPR/REP: Marcelo Gonçalves, você como morador e empresário do bairro, nós sabemos, pois o blog sempre acompanhou sua luta contra as enchentes no seu comercio. Como você vê hoje o movimento atuando para diminuir esta situação?

Marcelo Gonçalves (empresário): A gente tem avançado muito nesta luta por um Realengo melhor e várias coisas graças a Deus, estão se confluindo, com isso inclusive a concretização do Parque Realengo, que vai trazer muita obra de infraestrutura pro bairro, que é necessário porque a gente tá vivendo um dos momentos de chuva em alguns lugares situação de desespero da população é muito importante que haja estas interferências do governo e que graças a Deus também, a pouco tempo Eduardo Paes teve aqui no Parque Realengo, anunciando um destino de 200 milhões de obras em infraestrutura pra Realengo e que a gente aguarda muito ansiosamente que sejam feitas e venham a trazer paz e sossego  e melhorias pro nosso bairro, porque a gente quer um bairro pros nossos filhos pros nosso  netos poderem ter um bairro que possa dizer assim: Realengo é meu e tenho orgulho de estar aqui e não ser só mais um bairro da cidade que tá esquecido pelos governos e pela sociedade.

Marcelo Gonçalves

BPR/REP: Um bairro dormitório como era chamado?

Marcelo Gonçalves: É bairro dormitório, Realengo é um bairro dormitório, é isso que se falam sempre, mas Realengo é bem mais que isso nós somos 300.000 (habitantes) quase e somos mais que muitas cidades do interior. Tem muitas cidades do interior que tem 200.000 habitantes com complexa infraestrutura e porque aqui não? E porque não em todos os bairros?

Eu acho que é uma história que pode ser levada pra outros lugares com muita clareza e muita objetividade.

BPR/REP: Ronaldo você que é parte atuante do movimento, gostaríamos que você nos dissesse o que tá achando da situação hoje e o quanto avançamos neste período?

Ronaldo Chaves

Ronaldo Chaves (servidor público): Sim, nós começamos no ano passado (2023) no, final de janeiro, através da reunião do Arnô na academia, todos os componentes fizeram parte daquela primeira reunião e a partir da constituição da comissão, nós conseguimos um contato com o Prefeito Eduardo Paes, um contato direto através dos vereadores e nesta ocasião (na prefeitura) o prefeito solicitou uma interação direta dos agentes públicos, principalmente do presidente da Fundação Rio Aguas, que permitiu que nós interagíssemos no sentido de conseguirmos oferecer ao estudo que o pessoal da empresa RIO ÁGUAS já estava efetuando, incluir as nossas sugestões.  A partir deste momento os agentes públicos locais, tanto o gestor local aqui da GEL Realengo,  quanto o subprefeito da grande Bangu, Robson e o gestor hoje é o Rubinho antes era o Roberto, e todos eles começaram a interagir mais conosco através de ações diretas diante das nossas demandas que foram publicadas nos nosso grupos de redes sociais. Então esta interação foi fundamental, pra passar para toda a população que pelo menos participa dos nossos grupos. E esta comunidade está crescendo no sentido de perceber que é possível que os gestores locais, sobretudo os que moram em Realengo, ajudem o bairro no sentido de revitalizar de uma forma geral. Nós participamos inicialmente com as demandas ligadas as enchentes e a segurança pública de início como eu falei, mas a gente espera que essa nossa ação seja um ação de revitalização de uma forma geral, que viabilize iluminação, transporte, infra estrutura, toda a gama de necessidade que o bairro precisa.

E esperamos estarmos atuante em todos os seguimentos necessários, pra resolver as demandas da nossa população local.

Carlos Alberto Siqueira

BPR/REP: Ouvimos Carlos Alberto Siqueira, morador do condomínio Parque Real. Qual sua opinião da atuação do movimento?

– Me chamo Carlos Alberto Siqueira, moro em Realengo a 39 anos e estou no grupo desde o dia 29 de janeiro de 2023, data da fundação do Movimento SOS REALENGO URGENTE e o que eu tenho sentido é que a gente tem encontrado o apoio do prefeito apoio do subprefeito Robson do Chocolate, da GEL e dos amigos aqui que estão atuando intensamente, e já estamos conseguindo alguns resultados, espero que dentro de um médio prazo a gente consiga muito mais no combate a essas enchentes que tanto vem assolando ao povo de Realengo, e se Deus quiser nós conseguiremos atingir o nosso objetivo.

Marcos Cerqueira

BPR/REP: Marcos Cerqueira (aposentado da Petrobrás)  Você como uma pessoa atuante no bairro, lá no Barata principalmente, foi convidado a participar  da primeira reunião do SOS REALENGO URGENTE. O que você tem a dizer desde quando você chegou ao movimento?

Marcos Cerqueira: Com relação ao movimento eu achei que melhorou muito, deu muita visibilidade para o bairro e aumentou a cobrança em cima dos órgãos da prefeitura, porque?

No momento que o grupo se uniu, conseguimos muitas vitórias para o bairro com relação a parte das enchentes, eles trocaram algumas tubulações que estavam danificadas, (pelo menos lá no Barata) iniciaram o trabalho de desassoreamento do Canal da Serra que é um dos maiores problemas que nós temos no Barata é o canal da Serra que quando transborda inunda a rua Açu, rua Reis Silva, rua Silva Neto, muitas pessoas pensam que é só o rio Piraquara, não, o Canal da Serra também! Foi sugerido várias vezes para os órgãos municipais que o problema maior nosso, não é só o lixo da rua e sim a areia as pedras, tudo que desce da serra do Barata, e isso assoreia os rios e acaba transbordando os rios. Eles botam a culpa na população, concordo: Muitas pessoas colocam o lixo na rua, sendo que o maior gargalo nosso são só detritos que descem da Serra do Barata, assoreiam o rio e a agua transborda e inundando todas as casas do entorno tampando bueiro e tudo, infelizmente não existe aquela prevenção permanente de limpeza das tubulações dos bueiros e é por isso que o povo do Barata, o povo de Realengo continua sofrendo com essas enchentes, o problema é esse.

Existem locais, por exemplo, rua Bernardo de Vasconcelos, tem bueiro? Não. Há quantos anos a comissão vem solicitando pra colocarem bueiros?  Aquela agua vai pra onde? Então precisam reavaliar os técnicos os profissionais que lá trabalham e analisar qual a causa básica dessas enchentes. Qual a causa básica? Porque está acontecendo estas enchentes? É assim que se faz um trabalho, não é só: Ah, vamos desobstruir aqui agora, não, tem que procurar saber o que está acontecendo isso constantemente? É isso a resposta.

 

BPR/REP: Heloisa  Ximenes: (Corretora de imóveis moradora da rua Gal. Sezefredo no coração de Realengo)  Você como membro feminina do movimento SOS Realengo, o que você tem notado nesse um ano,  o que tem visto

Heloisa Ximenes

neste período que você mora em Realengo, bastante tempo. O que tem visto de mudanças no atendimento as demandas?

Heloisa  Ximenes  : Grande evolução , antes a gente não tinha com quem falar, hoje a gente tem um grupo onde alguns representantes do Governo estão ali, a GEL Realengo, alguns vereadores da região. Então assim a gente coloca uma demanda lá faz uma denúncia no 1746, e a gente vê solução, vê o atendimento da demanda ser feito, então o que eu entendo disso?

Que a união faz a força, que todos os bairros deveriam estar se unindo pra melhoria do seu próprio bairro porque aqui a gente tá conseguindo muito avanço, muitas coisas foram feitas neste um ano que a gente vem trabalhando e foi implantado esse SOS REALENGO URGENTE.

E muita melhoria já se conseguiu, muita coisa já se foi feita e eu acho que a gente só tem a ganhar com isso e cada vez mais as pessoas tem de se unir mais em Prol do seu bairro para melhoria do bairro.

BPR/REP: Com relação as promessa que o prefeito fez lá naquela reunião, você viu que alguma coisa foi feita?

Heloisa  Ximenes  : Sim, muita coisa né. Por exemplo já tem a publicação em Diário oficial de algumas mudanças e melhorias que vão ser feitas aqui. E eu sempre vejo essa gestão Eduardo Paes, melhorando o bairro, a zona oeste em si, porque eu trabalho a muitos anos aqui na zona oeste, fazer o que ele faz, justiça seja feita, o único momento que a ZO é olhada é quando ele está no governo quando ele está na prefeitura do Rio é o único que realmente olha para a ZO, é o que eu observo, porque eu passo nas ruas e vejo um comprometimento maior da Comlurb na coleta do lixo, no tapo buraco, no asfaltamento de ruas. Eu vejo que muita coisa tá mudando e muita coisa tá melhorando. Agora quando a população se organiza de alguma forma por que o as coisa acontecem mais rápido porque o movimento organizado ele tem muito peso e a gente tá vendo isso aqui no nosso bairro, quanta coisa mudou, quanta coisa foi feita neste período de um ano com a nossa reinvindicação então assim vamos fazer mais, cada um fazendo sua parte, vamos ligar pro 1746, vamos denunciar as coisas que estão erradas, agora vamos elogiar as coisas que estão boas também, pra incentivar as pessoas que fazem cada vez fazer mais.

Eu gostaria de acrescentar com relação as enchentes né. A gente já viu melhorias eu mesma já vi melhorias na rua porque é meu trajeto quando eu venho normalmente dias de chuvas forte, eu ficava retida muitas horas e eu já vejo uma melhora muito grande, hoje já não tem mais o alagamento que estava tendo antes da limpeza dos rios e do trabalho que está sendo executado, já houve muita melhora e a gente ainda quer que melhore muito mais porque ainda precisa ser feito muita coisa e pra isso a gente precisa da população bem coesa bem unida pra gente cada vez ficar mais forte e conseguir coisas melhores pro bairro.

BPR/REP: Charles Argibai:  Morador da rua Ribeiro de Andrade ao lado do Atacadão.   O que você tem percebido após a criação do movimento SOS REALENGO URGENTE, em relação aos períodos anteriores, você que atuou muitas vezes perto de empresários aqui da região, você nota que alguma coisa teve de melhor em relação aos nosso pedidos aos governantes?

Charles Argibai

Charles Argibai:  Boa tarde povo de Realengo, boa tarde aos nossos amigos que estão nos assistindo. Acredito que vocês já devam ter percebido que este movimento é um movimento bastante político, porque ele tem objetivo traçado, mas não tem partidarismo, então esse é o nosso objetivo, é melhorar as questões o bem estar aqui do nosso bairro. A maioria das pessoas que compõe o grupo, elas já vem atuando muito tempo mas a gente realmente nunca teve uma abertura tão grande quanto teve agora com a nova gestão.  Evidentemente que nem tudo são flores, a gente sabe que temas suas dificuldades, mas é claro a gente percebeu que houve realmente uma mudança não sei se foi pelo fato de nós estarmos realmente a beira do caos com as enchentes. Mas nós fomos até a prefeitura, bem organizados bem fundamentados, a comissão tem pessoas técnicas como o Rubens Andrade que foi vereador aqui da nossa região e realmente tem que tirar o chapéu para ele porque ele tem uma bagagem técnica muito grande. Nós temos aqui moradores que nasceram aqui que compõem este grupo tem o umbigo aqui em Realengo assim como eu 60 anos de Realengo. Então a gente sabe os intemperes que a gente vem passando no decorrer do tempo. E realmente essa comissão tá sendo escutada, pode não ter tudo o efeito que a gente gostaria de ter o ideal, mas já demos um bom ponta pé, mas eu faço um apelo, porque sozinhos nós não faremos nada, se a população a população se engajar mais e mais e mais, parar de fazer política partidária, levantar bandeira de A de B ou de C, a gente não vai a lugar nenhum, o que a gente tem de entender, é que nós somos contribuintes, nós pagamos impostos e muitos. Se vocês observarem a Zona Sul e a Zona Oeste a quantidade impostos que se paga lá é muito maior do que aqui, porem a população daqui é bem maior que a de lá então há um equilíbrio orçamentário e até a força do nosso poder é muito grande só que nós não sabemos utiliza-lo  e eu acredito que essa comissão ela tá mostrando embrionariamente esse poder mas tem de haver o engajamento da população local.

 

O Blog Pro Realengo e o Jornal Realengo Em Pauta também ouviu moradores membros do grupo que não são da comissão, mas acompanham o trabalho do grupo em prol de melhorias para o bairro.

BPR/REP: Sr. Gilson  (Morador do Jardim Novo)  como o senhor tem visto o trabalho da comissão?

Gilson Luna: Sou morador de Realengo há mais de cinquenta anos e participei de uma série de movimentos e esse

Gilson Luna

movimento do SOS REALENGO URGENTE é um marco importante pra nossa história, por quê? Nós estamos dialogando com toda a sociedade, trazendo demandas reais, transformando uma realidade, critica em uma realidade viável pra futuros melhores né, isso é importante à consciência, trazer a consciência pra esse coletivo e me sinto extremamente honrado em participar de um movimento como este, onde percebo a evolução da sociedade o diálogo com o poder público, trazendo as demandas em tempo real para que a gente possa corrigir. Hoje o amadurecimento nosso é um exemplo pra ser reproduzido em muitos outros movimentos, não que a gente queira ser exemplo de nada, mas nós trouxemos esta consciência de que somente unidos trazendo o que é real sem uma disputa que não leva a canto nenhum, faz com que a nossa sociedade cresça realmente, a mobilidade urbana ela é importante o tratamento de todo o nosso sistema de infraestrutura é extremamente importante não somente aquilo que está embaixo da terra, aquilo que está em cima da terra também, aquilo que é visível e não é visível, porque toda essa gama de ações vai trazer pra toda a sociedade um ganho muito maior. Realengo é hoje um modelo de organização social e eu me orgulho muito disso e me orgulho de estar com vocês.

BPR/REP: Seu depoimento me lembrou dum ditado. Uma andorinha só não faz verão

Gilson: Claro que uma andorinha só não faz verão, mas todos unidos fazem uma revolução sadia.

BPR/REP: Estamos aqui com Andreia Aguiar, ela é uma das coordenadoras do projeto social Caminhos do Coração que atua lá no Barata. Você como moradora de Realengo tem participado do movimento SOS REALENGO como colaboradora como visionária, o que você tem percebido nesse tempo de atuação do movimento popular?

Andreia Aguiar

Andreia Aguiar: Então popular além do grupo ainda está muito a desejar, mas o grupo é guerreiro eles buscam a melhoria coletiva pro nosso bairro, então enquanto o morador não tiver essa visão do coletivo vai ficar bem complicado as coisas acontecerem né. A educação principalmente o local que tem de botar o lixo é complicado por que a gente mora numa região de serra, e o volume de água que tem descido têm aumentado a cada ano, nós fomos vítimas agora tem uns quinze dias de uma enchente que o rio estourou a calçada, ele furou uma área interna de nossa associação, então a gente pede que o morador tenha esta conscientização pra que possa colaborar com o movimento. E parabéns a vocês, e a gente luta por um Realengo mais acessível, vamos buscar acessibilidade para os nossos deficientes.

BPR/REP: Andreia eu vou corrigir você. Parabéns a vocês moradores que estão participando junto com a comissão por um Realengo melhor.

Andreia Aguiar: Isso, mas falta muita gente ainda pra engrossar esta corrente.

Ouvindo o relato de todos, chegamos a conclusão que a participação popular é a mola mestre do desenvolvimento para um bairro, uma região. Varias conquistas podem ser anotadas aqui devido ao engajamento de lideranças locais unidas ao interesse coletivo. Ainda não está bom, queremos muito, muito mais para o nosso Realengo.

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Colhemos Também depoimento do Subprefeito da Grande Bangu, Robson do Chocolate para saber pelo lado do poder publico, o que de concreto a população pode esperar.  

Robson do Chocolate – subprefeito da Grande Bangu

Jornal Realengo em Pauta e Blog Pro Realengo: Robson do Chocolate…vamos começar por ai mesmo, as pessoas querem saber qual a origem desse Robson do Chocolate?

Robson do Chocolate: É por que eu durante muitos anos eu participei de uma banda chamada Chocolate Sensual, montada em setembro de 1993 e a gente começou a rodar o Brasil todo fazendo shows, gravamos um disco em 1996 com a participação da Alcione, participação do Bebeto e rodamos o Brasil todo, e ai ficou a marca né, Robson do chocolate Sensual, Robson do Chocolate, eu tenho 49 anos eu vivi 18 anos como Robson Gomes e daí em diante foi Robson do Chocolate, tenho mais tempo com esse nome que o  meu próprio.

JRP/BPR: Desde quando você assumiu a Subprefeitura da Grande Bangu?

Robson do Chocolate: Eu assumi no dia 21 de março, fez um ano agora. Quando o prefeito me chamou na prefeitura para anunciar no dia 20 de março e no dia 21 fui nomeado, mas só que no dia 20 de março ele já falou, vai trabalhar.

JRP/BPR: Quando você assumiu , quais foram os grandes desafios que você viu no cargo?

Robson do Chocolate em seu gabinete.

 Robson do Chocolate: É assim, primeiro que eu tomei um baque, até que eu tinha que gerir aquilo ali numa forma legal por falar assim: Subprefeitura da Grande Bangu a responsabilidade aquilo outro, não que eu não seja responsável. E ai eu vim de lá pra cá entendi: É trabalhar, vou te falar, eu já sai da Prefeitura já tendo que trabalhar, tendo de pisar em Deodoro , já estou trabalhando. E essa responsabilidade eu já tinha, pois eu antes mesmo de estar subprefeito, como eu estou eu já tinha. Pois já trabalhava em prol do meu território sempre trabalhei em projetos sociais, movimentos, eu fui um dos muitos que várias vezes deu as mãos em pra envolver o parque, fizemos caminhadas, falando do parque e outras ações voltadas pra Realengo, pra Bangu, Padre Migue que é a área nossa. Então as reponsabilidade eram todas que eu sabia que eu cobrava e agora eu estava conversando…Agora eu Vou ser o cobrado!  Porque tudo quilo que eu cobrava, vou ter agora que colocar em pauta, então essa cobrança essa responsabilidade, é comigo mesmo essa cobrança primeiro é uma cobrança interna, antes de qualquer uma outra pessoa falar: Pô Robson a rua está esburacada eu venho…eu sou morador do território, eu não sai do território, eu moro no território quando eu passo de carro, eu passo nos mesmos buracos que os moradores passam por que eu sou morador. E ai essa cobrança já vem minha mesmo, eu me cobro e dentro de casa, minha esposa, cobra, meus filhos cobram todo mundo cobra pra depois quando eu vou pra rua é que começa a cobrança de novo, mas antes já tenho a cobrança dento de casa, então eu sabia que a responsabilidade é muito alta, mas eu já estava preparado pra assumir sim.

JRP/BPR: Você falou que é da área, de Realengo, de Bangu de Campo Grande?

 Robson do Chocolate: Moro a 49 anos em Realengo não abro mão.

JRP/BPR: Qual a localidade?

Robson do Chocolate: Eu morava na Piraquara ali na Frei Miguel e agpra eu moro na Nogueira de Sá.

JRP/BPR: Agora vamos entrar no assunto que nos trouxe aqui: A subprefeitura de Bangu a qual você se encontra a frente, teve sua criação há um ano mais ou menos. Exatamente com o surgimento do movimento SOS REALENGO URGENTE. Essa cobrança coletiva e coordenada, ajuda ou atrapalha seu serviço?

“Eu acho que se em todos os territórios tivessem um grupo como o SOS URGENTE, a gente estaria muito melhor.”

 Robson do Chocolate: Só ajuda, eu acho que se em todos os territórios tivessem um grupo como o SOS

Robson Subprefeito da Grande Bangu.

URGENTE, a gente estaria muito melhor, porque a cobrança no respeito é a cobrança que tem de cobrar mesmo. O próprio prefeito fala: Você cobra e a prefeitura faz! E os toque s que o pessoal do SOS dá pô, as vezes a gente não tem olhos pra tá em tudo que é lugar. O SOS acaba sendo um assessor, uma extensão de assessoria uns tentáculos que a gente consegue colocar na rua, tem coisas que eu não sei, as vezes 11h da noite meia-noite, meu assessor não viu, mas alguém do SOS colocou no grupo e eu toda hora eu estou lá no grupo olhando. E a gente vai lá e atua logo…o “SOS é maravilhoso”

JRP/BPR: Como é que tem sido a cobrança a respeito das enchentes, desde que você assumiu, como é que tem sido essa questão das enchentes principalmente naquele eixo nervoso que é Padre Miguel e Realengo.

Robson do Chocolate: A cobrança é no limite máximo, no limite e mais…e a gente entende porque como eu disse vem de mim também. Eles passam no buraco cheio d’água e eu também passo no buraco cheio d’água, então eu mais do que ninguém vou cobrar, e ai a gente senta com o prefeito sempre ele tá sentando com o Wanderson (presidente da Fundação Rio águas) sempre pra tratar deste assunto. A nossa sorte em relação a trabalho em relação a tudo é que a gente hoje consegue enxergar uma luz no fim do túnel, coisas que quem tá a 40 anos sofrendo com isso não enxergava, então eu também tive esse privilégio de estar entrando na subprefeitura e através dessa época, começou esse movimento começou os movimentos juntos. Antes disso eu era assessor, na época do SOS REALENGO ENCHENTES eu era assessor da subprefeitura que era da Zona Oeste toda com Diogo e ai depois me tornei subprefeito e depois só acrescentou a cobrança e a gente entendeu o que tem de ser feito mas já visando uma luz no fim do túnel

JRP/BPR: Então quando o movimento SOS REALENGO URGENTE recebeu do prefeito a promessa que os agentes públicos ouvissem e atendessem da melhor forma possível as reivindicações por eles apresentadas. Como servidor público, qual a sua percepção desta determinação?

 Robson do Chocolate: É o que ele determina pra todo nós. Ele sempre bateu numa tecla que a gente cobrava muito. E a gente tá tendo oportunidade agora de entregar, vocês estão com a caneta na mão. Vocês não cobravam? Você é do território, é hora de você entregar. Vocês estão vendo coisas que eu não estou vendo pra poder entregar a população, então eu vou te cobrar essa entrega. Ai ele cobra essa entrega, já teve dias que 4,30h da manhã, 4:37h ele tá falando alguma coisa com a gente já em relação ao território, como tá isso, como tá aquilo? Quatro e pouco da manhã, cinco horas da manhã a hora que ele acorda e tá cobrando a nossa entrega, isso ai ele não só do subprefeito Robson ele cobra de todos os subprefeitos

JRP/BPR: No tocante ao tema Enchente vocês antes de ter muito recursos, vocês tinham ações que a gente pode chamar até de rotineiras, desde aquela época das primeiras reuniões e contar com o grupo SOS REALENGO URGENTE , vocês começaram a fazer várias atuações no território. De lá pra cá com essa chuvas que vem caindo, como é que você Robson vê esse trabalho?

Robson em depoimento a mídias locais.

Robson do Chocolate: Eu já estou vendo assim. Antigamente a gente corria muito atrás do rabo, eu costumo dizer que é trocar o pneu do carro em movimento, a gente não consegui parar, sentar e trocar ao pneu. Porque começa uma chuva a gente conserta, por exemplo. Falando em território:  A rua Ariitíba, a gente tem um problema sério na rua Ariitíba porque ela vem com uma manilha de 1000, “ou 1500 não me lembro” e reduz muito ali e eu tenho residência na região que ao lado do rio teve problema essa semana de jogar tampão pra cima, a gente sabe os problemas que tem, a Ariitíba a gente conserta toda semana, e quando vem a chuva a rua arrebenta, por que a gente sabe o que tem de ser feito ali. Então eu entendendo de perto o que está acontecendo, pra mim fica mais fácil, por que eu tento minimizar, não espero secar, acabou a chuva, eu sei onde são os ponto onde temos problemas. Eu tenho problemas em Realengo, na Bernardo de Vasconcelos então eu vou lá e peço a Comlurb pra ir lá limpar antes, peço a conservação pra desobstruir antes. Eu tenho problema ali onde fica muito cheio, na frente do Grêmio de Realengo, e agora no cartório aqueles dois ralos ali estão obstruídos, eu passei lá ontem em frente ao dentista, eu ando com um ferrinho dentro do carro e vou lá e limpo, o que que acontece…lá tem muita areia, e joga areia ali pra dentro, ali no Colégio Pedro II na esquina do viaduto ali toda vez enche mas não é por nada, porque a quantidade de folhas que tem ali, cai e entope. Eu vou com meu ferrinho e aciono os assessores, eu já sei que ali vai ficar cheio, mas vai ficar cheio e eu já sei o caminho, vou ali e bato o ferro, e já peço antes. E eu já tenho os pontos de alagamento já com fotografias, pois já fotografei todos e eu falo pros meus assessores antes, olha nesse lugar vai encher, nesse outro vai encher. Nós temos um problema agora que é na frente da CEF de Realengo, na Chatuba também enche, mas enfrente a CEF, nós éramos pra fazer uma baia, acabou que fizeram alguma coisa ali deu problema, então nós vamos acertar e colocar uma galeria, e a Chatuba e no outro lado no Santander, são coisas que a Comlurb já está atuando, pra depois a Conservação atuar. Se vier uma outra chuva a gente já está preparado, por ser morador a gente já conhece melhor.

JRP/BPR: Essa atuação de vocês no decorrer deste tempo, até com limpeza de rios, vocês perceberam uma melhora em termos de escoação da água quando cai uma chuva mais forte?

 Robson do Chocolate: Melhorou, mas ainda está aquém do que o que a gente quer, que a gente deseja, por exemplo dependendo da quantidade de chuva, o Rio da Castelo Branco (rio Catarino), ali ele tem uma aponte que precisa ser trocada, por que tem um problema pois ela tem uma barreira no meio, e ai vem galhos que ele trava e depois começa a encher e enche tudo..  o Marcelo Gissoni que é o reitor ali, de vez enquanto ele me liga, Robson:  ai eu já mando limpar logo. E ali o rio por ser muito raso a gente não consegue fazer o serviço do jeito que tem de ser feito, afundamento do rio, devido as casas que foram construídas na beira do rio, nas margens ali, porque arrebenta o alicerce e daqui a pouco você tá jogando a casa de morador dentro do rio. Então ali a gente tem um grande problema que vai pra Comlurb, aquele rio que vai pra Vila Vintém, não sei se vocês viram a quantidade de isopores, então a gente pediu pra limpar, limpamos e na Bernardo, limpamos, estamos fazendo uma limpeza na rua Helianto, estão fazendo um trabalho muito bom na Helianto, e outros lugares mais pra poder dar uma melhorada, ainda assim por mais que nós estejamos aquém do que Realengo merecidamente Realengo precisa, a gente tá avançando.

JRP/BPR: Uma coisa que a gente gostaria de pontuar, esse avanço também sobre sua ótica, como a população consegue ver também que essas inciativas …inclusive lá perto da rua Açu, vocês estão com um trabalho de sacaria lá, que as vezes é até a gente vê, é refazer o que já foi feito mas funciona bastante.

Robson do Chocolate: sim, sim

JRP/BPR: Anteriormente nós tivemos uma divulgação na imprensa, não oficial, que um valor substancial, foi destinado para essas diversas intervenções, você tem ideia de como está esta situação, de qual seria o valor?

Robson do Chocolate: O Valor inicial, senão me engano seria de R$ 123 milhões mas ai, recentemente nós estivemos fazendo vistorias na rua Recife, ali na rua Petrópolis, visando a licitação dessa grana para as empresas e iniciar o serviço. E ai em parceria com a CEF (Governo Federal) para poder ajustar algo mais. Mas já temos a previsão inicial desse valor pra iniciar os trabalhos.

JRP/BPR: Complementando, quais seriam as principais, as obras imediatas que vocês fariam?

Robson do Chocolate: Teve um início de uma conversa que ainda estão em andamento em relação, vocês sabem já se falaram nas reuniões, em relação ao reservatório no campo da Castelo Branco, tá tendo essa conversa, eu acho que vai ser o ponto alto disso ai vai ser este reservatório o desvio de algumas fontes pra lá. E a caixa de areia lá em cima na Serrado Barata. Esta semana mesmo eu fui lá na rua Ocaibi, lá no início do rio como Russo e o pessoal da associação de moradores. A quantidade de areia que desce lá da cachoeira é imensa.

Se a gente tivesse ali já a caixa de areia, pelo menos umas duas, a caixa de areia a gente iria reduzir em muito o problema a frente. O que aconteceu, a areia veio a passagem do rio diminuiu e daqui a pouco se chovesse um pouquinho mais forte, iria transbordar.

Então eu acho que vai ser o ponto forte essa caixa de areia lá em cima e esse reservatório como foi feito lá na praça da bandeira esse reservatório que vai ser na Castelo Branco.

JRP/BPR: Você até que me ajudou (Luiz Fortes) a ter aquela conversa com o prefeito, dando a sugestão  de ser no Campo do Marte. Então já tá definido que vai ser na Castelo?

 Robson do Chocolate: Não nós estamos em conversa ainda. A ideia inicial seria dois tanques, dois reservatórios, então vai iniciar os estudos os projetos para saber de fato quantos serão, a ideia seria no campo do Marte, (sugestão) e agora no campo da Castelo

JRP/BPR: A dois meses atrás eu (Luiz Fortes) estive com o Reitor lá o Marcelo Gissoni, e ele falou que não tinha definição ainda?

 Robson do Chocolate: Por isso, pois ainda estamos conversando, não é só chegar lá e fazer um tanque. Existe uma conversa de um retorno, então está sendo estudado tudo isso.

JRP/BPR: Houve uma reunião com representantes da Prefeitura lá no colégio Francisco de Assis, na apresentação (Sr. Wanderson-Presidente da Rio Águas), falaram de dois reservatórios. O principal seria esse da Castelo Branco?

Robson do Chocolate: Por isso que está em estudo se vai ser necessário ter dois, pode ser que tenhamos um aqui e outro do outro lado, do lado de cá e do outro lado de Realengo, lá perto da rua Recife…mas não sei, o mais certo é os técnicos para darem esta resposta.

fotos Luiz Fortes

JRP/BPR: E a população de Realengo, baseada na linha de trem o lado Norte (Coletivo, Agua Branca, Av. Brasil) quando a gente começou fez um trabalho de todo Realengo é o que se julga mais pobre é o primo pobre…que ali não tem uma agencia bancaria, e que o progresso veio pra esse lado (sul da linha do trem) na avenida Santa Cruz, onde tem o comércio então eles reclamam muito

Os Moradores dessa região sempre declaram que não são atendidos pelo poder público. O que poderia ser dito especificamente para eles quanto a divisão do investimento?

Robson do Chocolate: Eu acabei de falar… estava na sexta feira na rua Recife, mexendo na rua Recife, a gente tá com um trabalho na Agua Branca de Calçada Maravilha, a gente tem uma atuação muito boa, atuamos em toda aquela área ali.

JRP/BPR: Uma grande reclamação daquele povo..

Robson do Chocolate: Olha a prefeitura não faz essa divisão;;;

JRP/BPR: Eles sempre reclamam que o manilhamento é da década de 40 e falta de bueiro.

Robson do Chocolate: O engraçado que o rio que foi canalizado o rio Marinho do lado norte  e do Sul não…esse investimento é para os dois lados…

JRP/BPR: Robson…a gente gostaria de agora deixar você a vontade para falar pra toda a população que possa nos assistir as suas considerações finais.

Robson do Chocolate: Primeiramente gostaria de agradecer a vocês , pelo entendimento e por confiar vindo aqui a subprefeitura é por que confia no nosso trabalho, agradecer as pessoas que estão ajudando o SOS REALENGO URGENTE, o pessoal do 100% Parque Verde, são parceiros que ajudam demais, sempre ajudou. E só chamo a atenção para a população em relação a Jogar lixo nas ruas, 70% ou 80% do problema nosso de rua  é problema no ralo, problema de sujeira no ralo.. se a gente conseguir parar a quantidade de lixo a gente vai reduzir em muito esse problema de ruas cheias. Até essa semana coloquei no SOS, encontrei Fogão…já encontrei carrinho de bebe, cama então é pedir a população, tem uma mania: por exemplo de o lixeiro vai recolher o lixo na terça feira as 18h, ele sai segunda de manhã e coloca o lixo…vem uma chuva segunda a tarde…e leva aquele lixo todo pra rua e acaba culpando o gari de não ter varrido o local. É pedir a população pra colocar o lixo na hora certa, no dia certo e parar de jogar lixo na rua e agradecer a toda a população e dizer que nós estamos trabalhando. A gente acorda cedo e dorme tarde. É uma máxima nossa e do prefeito, pois da mesma forma ele acorda cedo e dorme tarde, não tem como o meu chefe acordar 4:30h da manhã e eu querer acordar 5h. Se ele acorda 4:30h, eu vou acordar 4h , se ele acordar 4, eu vou acordar 3h, se ele acordar 3h, eu  nem  vou dormir; estamos aqui é pra trabalhar e pra servir e não ser servido.

O blog Pró-Realengo e p Jornal Realengo em Pauta, agradecem a tua atenção.

Jornal Realengo em Pauta e Blog Pro Realengo: Robson do Chocolate…vamos começar por ai mesmo, as pessoas querem saber qual a origem desse Robson do Chocolate?

Robson do Chocolate: É por que eu durante muitos anos eu participei de uma banda chamada Chocolate Sensual, montada em setembro de 1993 e a gente começou a rodar o Brasil todo fazendo shows, gravamos um disco em 1996 com a participação da Alcione, participação do Bebeto e rodamos o Brasil todo, e ai ficou a marca né, Robson do chocolate Sensual, Robson do Chocolate, eu tenho 49 anos eu vivi 18 anos como Robson Gomes e daí em diante foi Robson do Chocolate, tenho mais tempo com esse nome que o  meu próprio.

JRP/BPR: Desde quando você assumiu a Subprefeitura da Grande Bangu?

Robson do Chocolate: Eu assumi no dia 21 de março, fez um ano agora. Quando o prefeito me chamou na prefeitura para anunciar no dia 20 de março e no dia 21 fui nomeado, mas só que no dia 20 de março ele já falou, vai trabalhar.

JRP/BPR: Quando você assumiu , quais foram os grandes desafios que você viu no cargo?

 

 

Robson do Chocolate: É assim, primeiro que eu tomei um baque, até que eu tinha que gerir aquilo ali numa forma legal por falar assim: Subprefeitura da Grande Bangu a responsabilidade aquilo outro, não que eu não seja responsável. E ai eu vim de lá pra cá entendi: É trabalhar, vou te falar, eu já sai da Prefeitura já tendo que trabalhar, tendo de pisar em Deodoro , já estou trabalhando. E essa responsabilidade eu já tinha, pois eu antes mesmo de estar subprefeito, como eu estou eu já tinha. Pois já trabalhava em prol do meu território sempre trabalhei em projetos sociais, movimentos, eu fui um dos muitos que várias vezes deu as mãos em pra envolver o parque, fizemos caminhadas, falando do parque e outras ações voltadas pra Realengo, pra Bangu, Padre Migue que é a área nossa. Então as reponsabilidade eram todas que eu sabia que eu cobrava e agora eu estava conversando…Agora eu Vou ser o cobrado!  Porque tudo quilo que eu cobrava, vou ter agora que colocar em pauta, então essa cobrança essa responsabilidade, é comigo mesmo essa cobrança primeiro é uma cobrança interna, antes de qualquer uma outra pessoa falar: Pô Robson a rua está esburacada eu venho…eu sou morador do território, eu não sai do território, eu moro no território quando eu passo de carro, eu passo nos mesmos buracos que os moradores passam por que eu sou morador. E ai essa cobrança já vem minha mesmo, eu me cobro e dentro de casa, minha esposa, cobra, meus filhos cobram todo mundo cobra pra depois quando eu vou pra rua é que começa a cobrança de novo, mas antes já tenho a cobrança dento de casa, então eu sabia que a responsabilidade é muito alta, mas eu já estava preparado pra assumir sim.

JRP/BPR: Você falou que é da área, de Realengo, de Bangu de Campo Grande?

 

 

Robson do Chocolate: Moro a 49 anos em Realengo não abro mão.

JRP/BPR: Qual a localidade?

Robson do Chocolate: Eu morava na Piraquara ali na Frei Miguel e agpra eu moro na Nogueira de Sá.

JRP/BPR: Agora vamos entrar no assunto que nos trouxe aqui: A subprefeitura de Bangu a qual você se encontra a frente, teve sua criação há um ano mais ou menos.

Exatamente com o surgimento do movimento SOS REALENGO URGENTE.

Essa cobrança coletiva e coordenada, ajuda ou atrapalha seu serviço?

 

 

Robson do Chocolate: Só ajuda, eu acho que se em todos os territórios tivessem um grupo como o SOS URGENTE, a gente estaria muito melhor, porque a cobrança no respeito é a cobrança que tem de cobrar mesmo. O próprio prefeito fala: Você cobra e a prefeitura faz! E os toque s que o pessoal do SOS dá pô, as vezes a gente não tem olhos pra tá em tudo que é lugar. O SOS acaba sendo um assessor, uma extensão de assessoria uns tentáculos que a gente consegue colocar na rua, tem coisas que eu não sei, as vezes 11h da noite meia-noite, meu assessor não viu, mas alguém do SOS colocou no grupo e eu toda hora eu estou lá no grupo olhando. E a gente vai lá e atua logo…o “SOS é maravilhoso”

JRP/BPR: Como é que tem sido a cobrança a respeito das enchentes, desde que você assumiu, como é que tem sido essa questão das enchentes principalmente naquele eixo nervoso que é Padre Miguel e Realengo.

Robson do Chocolate: A cobrança é no limite máximo, no limite e mais…e a gente entende porque como eu disse vem de mim também. Eles passam no buraco cheio d’água e eu também passo no buraco cheio d’água, então eu mais do que ninguém vou cobrar, e ai a gente senta com o prefeito sempre ele tá sentando com o Wanderson (presidente da Fundação Rio águas) sempre pra tratar deste assunto. A nossa sorte em relação a trabalho em relação a tudo é que a gente hoje consegue enxergar uma luz no fim do túnel, coisas que quem tá a 40 anos sofrendo com isso não enxergava, então eu também tive esse privilégio de estar entrando na subprefeitura e através dessa época, começou esse movimento começou os movimentos juntos. Antes disso eu era assessor, na época do SOS REALENGO ENCHENTES eu era assessor da subprefeitura que era da Zona Oeste toda com Diogo e ai depois me tornei subprefeito e depois só acrescentou a cobrança e a gente entendeu o que tem de ser feito mas já visando uma luz no fim do túnel

JRP/BPR: Então quando o movimento SOS REALENGO URGENTE recebeu do prefeito a promessa que os agentes públicos ouvissem e atendessem da melhor forma possível as reivindicações por eles apresentadas. Como servidor público, qual a sua percepção desta determinação?

 

Robson do Chocolate: É o que ele determina pra todo nós. Ele sempre bateu numa tecla que a gente cobrava muito. E a gente tá tendo oportunidade agora de entregar, vocês estão com a caneta na mão. Vocês não cobravam? Você é do território, é hora de você entregar. Vocês estão vendo coisas que eu não estou vendo pra poder entregar a população, então eu vou te cobrar essa entrega. Ai ele cobra essa entrega, já teve dias que 4,30h da manhã, 4:37h ele tá falando alguma coisa com a gente já em relação ao território, como tá isso, como tá aquilo? Quatro e pouco da manhã, cinco horas da manhã a hora que ele acorda e tá cobrando a nossa entrega, isso ai ele não só do subprefeito Robson ele cobra de todos os subprefeitos

JRP/BPR: No tocante ao tema Enchente vocês antes de ter muito recursos, vocês tinham ações que a gente pode chamar até de rotineiras, desde aquela época das primeiras reuniões e contar com o grupo SOS REALENGO URGENTE , vocês começaram a fazer várias atuações no território. De lá pra cá com essa chuvas que vem caindo, como é que você Robson vê esse trabalho?

Robson do Chocolate: Eu já estou vendo assim. Antigamente a gente corria muito atrás do rabo, eu costumo dizer que é trocar o pneu do carro em movimento, a gente não consegui parar, sentar e trocar ao pneu. Porque começa uma chuva a gente conserta, por exemplo. Falando em território:  A rua Ariitíba, a gente tem um problema sério na rua Ariitíba porque ela vem com uma manilha de 1000, “ou 1500 não me lembro” e reduz muito ali e eu tenho residência na região que ao lado do rio teve problema essa semana de jogar tampão pra cima, a gente sabe os problemas que tem, a Ariitíba a gente conserta toda semana, e quando vem a chuva a rua arrebenta, por que a gente sabe o que tem de ser feito ali. Então eu entendendo de perto o que está acontecendo, pra mim fica mais fácil, por que eu tento minimizar, não espero secar, acabou a chuva, eu sei onde são os ponto onde temos problemas. Eu tenho problemas em Realengo, na Bernardo de Vasconcelos então eu vou lá e peço a Comlurb pra ir lá limpar antes, peço a conservação pra desobstruir antes. Eu tenho problema ali onde fica muito cheio, na frente do Grêmio de Realengo, e agora no cartório aqueles dois ralos ali estão obstruídos, eu passei lá ontem em frente ao dentista, eu ando com um ferrinho dentro do carro e vou lá e limpo, o que que acontece…lá tem muita areia, e joga areia ali pra dentro, ali no Colégio Pedro II na esquina do viaduto ali toda vez enche mas não é por nada, porque a quantidade de folhas que tem ali, cai e entope. Eu vou com meu ferrinho e aciono os assessores, eu já sei que ali vai ficar cheio, mas vai ficar cheio e eu já sei o caminho, vou ali e bato o ferro, e já peço antes. E eu já tenho os pontos de alagamento já com fotografias, pois já fotografei todos e eu falo pros meus assessores antes, olha nesse lugar vai encher, nesse outro vai encher. Nós temos um problema agora que é na frente da CEF de Realengo, na Chatuba também enche, mas enfrente a CEF, nós éramos pra fazer uma baia, acabou que fizeram alguma coisa ali deu problema, então nós vamos acertar e colocar uma galeria, e a Chatuba e no outro lado no Santander, são coisas que a Comlurb já está atuando, pra depois a Conservação atuar. Se vier uma outra chuva a gente já está preparado, por ser morador a gente já conhece melhor.

 

JRP/BPR: Essa atuação de vocês no decorrer deste tempo, até com limpeza de rios, vocês perceberam uma melhora em termos de escoação da água quando cai uma chuva mais forte?

 

Robson do Chocolate: Melhorou, mas ainda está aquém do que o que a gente quer, que a gente deseja, por exemplo dependendo da quantidade de chuva, o Rio da Castelo Branco (rio Catarino), ali ele tem uma aponte que precisa ser trocada, por que tem um problema pois ela tem uma barreira no meio, e ai vem galhos que ele trava e depois começa a encher e enche tudo..  o Marcelo Gissoni que é o reitor ali, de vez enquanto ele me liga, Robson:  ai eu já mando limpar logo. E ali o rio por ser muito raso a gente não consegue fazer o serviço do jeito que tem de ser feito, afundamento do rio, devido as casas que foram construídas na beira do rio, nas margens ali, porque arrebenta o alicerce e daqui a pouco você tá jogando a casa de morador dentro do rio. Então ali a gente tem um grande problema que vai pra Comlurb, aquele rio que vai pra Vila Vintém, não sei se vocês viram a quantidade de isopores, então a gente pediu pra limpar, limpamos e na Bernardo, limpamos, estamos fazendo uma limpeza na rua Helianto, estão fazendo um trabalho muito bom na Helianto, e outros lugares mais pra poder dar uma melhorada, ainda assim por mais que nós estejamos aquém do que Realengo merecidamente Realengo precisa, a gente tá avançando.

JRP/BPR: Uma coisa que a gente gostaria de pontuar, esse avanço também sobre sua ótica, como a população consegue ver também que essas inciativas …inclusive lá perto da rua Açu, vocês estão com um trabalho de sacaria lá, que as vezes é até a gente vê, é refazer o que já foi feito mas funciona bastante.

Robson do Chocolate: sim, sim

JRP/BPR: Anteriormente nós tivemos uma divulgação na imprensa, não oficial, que um valor substancial, foi destinado para essas diversas intervenções, você tem ideia de como está esta situação, de qual seria o valor?

Robson do Chocolate: O Valor inicial, senão me engano seria de R$ 123 milhões mas ai, recentemente nós estivemos fazendo vistorias na rua Recife, ali na rua Petrópolis, visando a licitação dessa grana para as empresas e iniciar o serviço. E ai em parceria com a CEF (Governo Federal) para poder ajustar algo mais. Mas já temos a previsão inicial desse valor pra iniciar os trabalhos.

JRP/BPR: Complementando, quais seriam as principais, as obras imediatas que vocês fariam?

 

Robson do Chocolate: Teve um início de uma conversa que ainda estão em andamento em relação, vocês sabem já se falaram nas reuniões, em relação ao reservatório no campo da Castelo Branco, tá tendo essa conversa, eu acho que vai ser o ponto alto disso ai vai ser este reservatório o desvio de algumas fontes pra lá. E a caixa de areia lá em cima na Serrado Barata. Esta semana mesmo eu fui lá na rua Ocaibi, lá no início do rio como Russo e o pessoal da associação de moradores. A quantidade de areia que desce lá da cachoeira é imensa.

Se a gente tivesse ali já a caixa de areia, pelo menos umas duas, a caixa de areia a gente iria reduzir em muito o problema a frente. O que aconteceu, a areia veio a passagem do rio diminuiu e daqui a pouco se chovesse um pouquinho mais forte, iria transbordar.

Então eu acho que vai ser o ponto forte essa caixa de areia lá em cima e esse reservatório como foi feito lá na praça da bandeira esse reservatório que vai ser na Castelo Branco.

JRP/BPR: Você até que me ajudou (Luiz Fortes) a ter aquela conversa com o prefeito, dando a sugestão  de ser no Campo do Marte. Então já tá definido que vai ser na Castelo?

 

Robson do Chocolate: Não nós estamos em conversa ainda. A ideia inicial seria dois tanques, dois reservatórios, então vai iniciar os estudos os projetos para saber de fato quantos serão, a ideia seria no campo do Marte, (sugestão) e agora no campo da Castelo

JRP/BPR: A dois meses atrás eu (Luiz Fortes) estive com o Reitor lá o Marcelo Gissoni, e ele falou que não tinha definição ainda?

 

Robson do Chocolate: Por isso, pois ainda estamos conversando, não é só chegar lá e fazer um tanque. Existe uma conversa de um retorno, então está sendo estudado tudo isso.

JRP/BPR: Houve uma reunião com representantes da Prefeitura lá no colégio Francisco de Assis, na apresentação (Sr. Wanderson-Presidente da Rio Águas), falaram de dois reservatórios. O principal seria esse da Castelo Branco?

Robson do Chocolate: Por isso que está em estudo se vai ser necessário ter dois, pode ser que tenhamos um aqui e outro do outro lado, do lado de cá e do outro lado de Realengo, lá perto da rua Recife…mas não sei, o mais certo é os técnicos para darem esta resposta.

 

JRP/BPR: E a população de Realengo, baseada na linha de trem o lado Norte (Coletivo, Agua Branca, Av. Brasil) quando a gente começou fez um trabalho de todo Realengo é o que se julga mais pobre é o primo pobre…que ali não tem uma agencia bancaria, e que o progresso veio pra esse lado (sul da linha do trem) na avenida Santa Cruz, onde tem o comércio então eles reclamam muito

Os Moradores dessa região sempre declaram que não são atendidos pelo poder público. O que poderia ser dito especificamente para eles quanto a divisão do investimento?

Robson do Chocolate: Eu acabei de falar… estava na sexta feira na rua Recife, mexendo na rua Recife, a gente tá com um trabalho na Agua Branca de Calçada Maravilha, a gente tem uma atuação muito boa, atuamos em toda aquela área ali.

JRP/BPR: Uma grande reclamação daquele povo..

Robson do Chocolate: Olha a prefeitura não faz essa divisão;;;

JRP/BPR: Eles sempre reclamam que o manilhamento é da década de 40 e falta de bueiro.

Robson do Chocolate: O engraçado que o rio que foi canalizado o rio Marinho do lado norte  e do Sul não…esse investimento é para os dois lados…

JRP/BPR: Robson…a gente gostaria de agora deixar você a vontade para falar pra toda a população que possa nos assistir as suas considerações finais.

Robson do Chocolate: Primeiramente gostaria de agradecer a vocês , pelo entendimento e por confiar vindo aqui a subprefeitura é por que confia no nosso trabalho, agradecer as pessoas que estão ajudando o SOS REALENGO URGENTE, o pessoal do 100% Parque Verde, são parceiros que ajudam demais, sempre ajudou. E só chamo a atenção para a população em relação a Jogar lixo nas ruas, 70% ou 80% do problema nosso de rua  é problema no ralo, problema de sujeira no ralo.. se a gente conseguir parar a quantidade de lixo a gente vai reduzir em muito esse problema de ruas cheias. Até essa semana coloquei no SOS, encontrei Fogão…já encontrei carrinho de bebe, cama então é pedir a população, tem uma mania: por exemplo de o lixeiro vai recolher o lixo na terça feira as 18h, ele sai segunda de manhã e coloca o lixo…vem uma chuva segunda a tarde…e leva aquele lixo todo pra rua e acaba culpando o gari de não ter varrido o local. É pedir a população pra colocar o lixo na hora certa, no dia certo e parar de jogar lixo na rua e agradecer a toda a população e dizer que nós estamos trabalhando. A gente acorda cedo e dorme tarde. É uma máxima nossa e do prefeito, pois da mesma forma ele acorda cedo e dorme tarde, não tem como o meu chefe acordar 4:30h da manhã e eu querer acordar 5h. Se ele acorda 4:30h, eu vou acordar 4h , se ele acordar 4, eu vou acordar 3h, se ele acordar 3h, eu  nem  vou dormir; estamos aqui é pra trabalhar e pra servir e não ser servido.

O blog Pró-Realengo e p Jornal Realengo em Pauta, agradecem a tua atenção.

 

Jornal Realengo em Pauta e Blog Pro Realengo: Robson do Chocolate…vamos começar por ai mesmo, as pessoas querem saber qual a origem desse Robson do Chocolate?

Robson do Chocolate: É por que eu durante muitos anos eu participei de uma banda chamada Chocolate Sensual, montada em setembro de 1993 e a gente começou a rodar o Brasil todo fazendo shows, gravamos um disco em 1996 com a participação da Alcione, participação do Bebeto e rodamos o Brasil todo, e ai ficou a marca né, Robson do chocolate Sensual, Robson do Chocolate, eu tenho 49 anos eu vivi 18 anos como Robson Gomes e daí em diante foi Robson do Chocolate, tenho mais tempo com esse nome que o  meu próprio.

JRP/BPR: Desde quando você assumiu a Subprefeitura da Grande Bangu?

Robson do Chocolate: Eu assumi no dia 21 de março, fez um ano agora. Quando o prefeito me chamou na prefeitura para anunciar no dia 20 de março e no dia 21 fui nomeado, mas só que no dia 20 de março ele já falou, vai trabalhar.

JRP/BPR: Quando você assumiu , quais foram os grandes desafios que você viu no cargo?

 Robson do Chocolate: É assim, primeiro que eu tomei um baque, até que eu tinha que gerir aquilo ali numa forma legal por falar assim: Subprefeitura da Grande Bangu a responsabilidade aquilo outro, não que eu não seja responsável. E ai eu vim de lá pra cá entendi: É trabalhar, vou te falar, eu já sai da Prefeitura já tendo que trabalhar, tendo de pisar em Deodoro , já estou trabalhando. E essa responsabilidade eu já tinha, pois eu antes mesmo de estar subprefeito, como eu estou eu já tinha. Pois já trabalhava em prol do meu território sempre trabalhei em projetos sociais, movimentos, eu fui um dos muitos que várias vezes deu as mãos em pra envolver o parque, fizemos caminhadas, falando do parque e outras ações voltadas pra Realengo, pra Bangu, Padre Migue que é a área nossa. Então as reponsabilidade eram todas que eu sabia que eu cobrava e agora eu estava conversando…Agora eu Vou ser o cobrado!  Porque tudo quilo que eu cobrava, vou ter agora que colocar em pauta, então essa cobrança essa responsabilidade, é comigo mesmo essa cobrança primeiro é uma cobrança interna, antes de qualquer uma outra pessoa falar: Pô Robson a rua está esburacada eu venho…eu sou morador do território, eu não sai do território, eu moro no território quando eu passo de carro, eu passo nos mesmos buracos que os moradores passam por que eu sou morador. E ai essa cobrança já vem minha mesmo, eu me cobro e dentro de casa, minha esposa, cobra, meus filhos cobram todo mundo cobra pra depois quando eu vou pra rua é que começa a cobrança de novo, mas antes já tenho a cobrança dento de casa, então eu sabia que a responsabilidade é muito alta, mas eu já estava preparado pra assumir sim.

JRP/BPR: Você falou que é da área, de Realengo, de Bangu de Campo Grande?

Robson do Chocolate: Moro a 49 anos em Realengo não abro mão.

JRP/BPR: Qual a localidade?

Robson do Chocolate: Eu morava na Piraquara ali na Frei Miguel e agpra eu moro na Nogueira de Sá.

JRP/BPR: Agora vamos entrar no assunto que nos trouxe aqui: A subprefeitura de Bangu a qual você se encontra a frente, teve sua criação há um ano mais ou menos.

Exatamente com o surgimento do movimento SOS REALENGO URGENTE.

Esse cobrança coletiva e coordenada, ajuda ou atrapalha seu serviço?

“Eu acho que se em todos os territórios tivessem um grupo como o SOS URGENTE, a gente estaria muito melhor.”

 

Robson do Chocolate: Só ajuda, eu acho que se em todos os territórios tivessem um grupo como o SOS URGENTE, a gente estaria muito melhor, porque a cobrança no respeito é a cobrança que tem de cobrar mesmo. O próprio prefeito fala: Você cobra e a prefeitura faz! E os toque s que o pessoal do SOS dá pô, as vezes a gente não tem olhos pra tá em tudo que é lugar. O SOS acaba sendo um assessor, uma extensão de assessoria uns tentáculos que a gente consegue colocar na rua, tem coisas que eu não sei, as vezes 11h da noite meia-noite, meu assessor não viu, mas alguém do SOS colocou no grupo e eu toda hora eu estou lá no grupo olhando. E a gente vai lá e atua logo…o “SOS é maravilhoso”

JRP/BPR: Como é que tem sido a cobrança a respeito das enchentes, desde que você assumiu, como é que tem sido essa questão das enchentes principalmente naquele eixo nervoso que é Padre Miguel e Realengo.

Robson do Chocolate: A cobrança é no limite máximo, no limite e mais…e a gente entende porque como eu disse vem de mim também. Eles passam no buraco cheio d’água e eu também passo no buraco cheio d’água, então eu mais do que ninguém vou cobrar, e ai a gente senta com o prefeito sempre ele tá sentando com o Wanderson (presidente da Fundação Rio águas) sempre pra tratar deste assunto. A nossa sorte em relação a trabalho em relação a tudo é que a gente hoje consegue enxergar uma luz no fim do túnel, coisas que quem tá a 40 anos sofrendo com isso não enxergava, então eu também tive esse privilégio de estar entrando na subprefeitura e através dessa época, começou esse movimento começou os movimentos juntos. Antes disso eu era assessor, na época do SOS REALENGO ENCHENTES eu era assessor da subprefeitura que era da Zona Oeste toda com Diogo e ai depois me tornei subprefeito e depois só acrescentou a cobrança e a gente entendeu o que tem de ser feito mas já visando uma luz no fim do túnel

JRP/BPR: Então quando o movimento SOS REALENGO URGENTE recebeu do prefeito a promessa que os agentes públicos ouvissem e atendessem da melhor forma possível as reivindicações por eles apresentadas. Como servidor público, qual a sua percepção desta determinação?

 Robson do Chocolate: É o que ele determina pra todo nós. Ele sempre bateu numa tecla que a gente cobrava muito. E a gente tá tendo oportunidade agora de entregar, vocês estão com a caneta na mão. Vocês não cobravam? Você é do território, é hora de você entregar. Vocês estão vendo coisas que eu não estou vendo pra poder entregar a população, então eu vou te cobrar essa entrega. Ai ele cobra essa entrega, já teve dias que 4,30h da manhã, 4:37h ele tá falando alguma coisa com a gente já em relação ao território, como tá isso, como tá aquilo? Quatro e pouco da manhã, cinco horas da manhã a hora que ele acorda e tá cobrando a nossa entrega, isso ai ele não só do subprefeito Robson ele cobra de todos os subprefeitos

JRP/BPR: No tocante ao tema Enchente vocês antes de ter muito recursos, vocês tinham ações que a gente pode chamar até de rotineiras, desde aquela época das primeiras reuniões e contar com o grupo SOS REALENGO URGENTE , vocês começaram a fazer várias atuações no território. De lá pra cá com essa chuvas que vem caindo, como é que você Robson vê esse trabalho?

Robson do Chocolate: Eu já estou vendo assim. Antigamente a gente corria muito atrás do rabo, eu costumo dizer que é trocar o pneu do carro em movimento, a gente não consegui parar, sentar e trocar ao pneu. Porque começa uma chuva a gente conserta, por exemplo. Falando em território:  A rua Ariitíba, a gente tem um problema sério na rua Ariitíba porque ela vem com uma manilha de 1000, “ou 1500 não me lembro” e reduz muito ali e eu tenho residência na região que ao lado do rio teve problema essa semana de jogar tampão pra cima, a gente sabe os problemas que tem, a Ariitíba a gente conserta toda semana, e quando vem a chuva a rua arrebenta, por que a gente sabe o que tem de ser feito ali. Então eu entendendo de perto o que está acontecendo, pra mim fica mais fácil, por que eu tento minimizar, não espero secar, acabou a chuva, eu sei onde são os ponto onde temos problemas. Eu tenho problemas em Realengo, na Bernardo de Vasconcelos então eu vou lá e peço a Comlurb pra ir lá limpar antes, peço a conservação pra desobstruir antes. Eu tenho problema ali onde fica muito cheio, na frente do Grêmio de Realengo, e agora no cartório aqueles dois ralos ali estão obstruídos, eu passei lá ontem em frente ao dentista, eu ando com um ferrinho dentro do carro e vou lá e limpo, o que que acontece…lá tem muita areia, e joga areia ali pra dentro, ali no Colégio Pedro II na esquina do viaduto ali toda vez enche mas não é por nada, porque a quantidade de folhas que tem ali, cai e entope. Eu vou com meu ferrinho e aciono os assessores, eu já sei que ali vai ficar cheio, mas vai ficar cheio e eu já sei o caminho, vou ali e bato o ferro, e já peço antes. E eu já tenho os pontos de alagamento já com fotografias, pois já fotografei todos e eu falo pros meus assessores antes, olha nesse lugar vai encher, nesse outro vai encher. Nós temos um problema agora que é na frente da CEF de Realengo, na Chatuba também enche, mas enfrente a CEF, nós éramos pra fazer uma baia, acabou que fizeram alguma coisa ali deu problema, então nós vamos acertar e colocar uma galeria, e a Chatuba e no outro lado no Santander, são coisas que a Comlurb já está atuando, pra depois a Conservação atuar. Se vier uma outra chuva a gente já está preparado, por ser morador a gente já conhece melhor.

 

JRP/BPR: Essa atuação de vocês no decorrer deste tempo, até com limpeza de rios, vocês perceberam uma melhora em termos de escoação da água quando cai uma chuva mais forte?

 Robson do Chocolate: Melhorou, mas ainda está aquém do que o que a gente quer, que a gente deseja, por exemplo dependendo da quantidade de chuva, o Rio da Castelo Branco (rio Catarino), ali ele tem uma aponte que precisa ser trocada, por que tem um problema pois ela tem uma barreira no meio, e ai vem galhos que ele trava e depois começa a encher e enche tudo..  o Marcelo Gissoni que é o reitor ali, de vez enquanto ele me liga, Robson:  ai eu já mando limpar logo. E ali o rio por ser muito raso a gente não consegue fazer o serviço do jeito que tem de ser feito, afundamento do rio, devido as casas que foram construídas na beira do rio, nas margens ali, porque arrebenta o alicerce e daqui a pouco você tá jogando a casa de morador dentro do rio. Então ali a gente tem um grande problema que vai pra Comlurb, aquele rio que vai pra Vila Vintém, não sei se vocês viram a quantidade de isopores, então a gente pediu pra limpar, limpamos e na Bernardo, limpamos, estamos fazendo uma limpeza na rua Helianto, estão fazendo um trabalho muito bom na Helianto, e outros lugares mais pra poder dar uma melhorada, ainda assim por mais que nós estejamos aquém do que Realengo merecidamente Realengo precisa, a gente tá avançando.

JRP/BPR: Uma coisa que a gente gostaria de pontuar, esse avanço também sobre sua ótica, como a população consegue ver também que essas inciativas …inclusive lá perto da rua Açu, vocês estão com um trabalho de sacaria lá, que as vezes é até a gente vê, é refazer o que já foi feito mas funciona bastante.

Robson do Chocolate: sim, sim

JRP/BPR: Anteriormente nós tivemos uma divulgação na imprensa, não oficial, que um valor substancial, foi destinado para essas diversas intervenções, você tem ideia de como está esta situação, de qual seria o valor?

Robson do Chocolate: O Valor inicial, senão me engano seria de R$ 123 milhões mas ai, recentemente nós estivemos fazendo vistorias na rua Recife, ali na rua Petrópolis, visando a licitação dessa grana para as empresas e iniciar o serviço. E ai em parceria com a CEF (Governo Federal) para poder ajustar algo mais. Mas já temos a previsão inicial desse valor pra iniciar os trabalhos.

JRP/BPR: Complementando, quais seriam as principais, as obras imediatas que vocês fariam?

 

Robson do Chocolate: Teve um início de uma conversa que ainda estão em andamento em relação, vocês sabem já se falaram nas reuniões, em relação ao reservatório no campo da Castelo Branco, tá tendo essa conversa, eu acho que vai ser o ponto alto disso ai vai ser este reservatório o desvio de algumas fontes pra lá. E a caixa de areia lá em cima na Serrado Barata. Esta semana mesmo eu fui lá na rua Ocaibi, lá no início do rio como Russo e o pessoal da associação de moradores. A quantidade de areia que desce lá da cachoeira é imensa.

Se a gente tivesse ali já a caixa de areia, pelo menos umas duas, a caixa de areia a gente iria reduzir em muito o problema a frente. O que aconteceu, a areia veio a passagem do rio diminuiu e daqui a pouco se chovesse um pouquinho mais forte, iria transbordar.

Então eu acho que vai ser o ponto forte essa caixa de areia lá em cima e esse reservatório como foi feito lá na praça da bandeira esse reservatório que vai ser na Castelo Branco.

JRP/BPR: Você até que me ajudou (Luiz Fortes) a ter aquela conversa com o prefeito, dando a sugestão  de ser no Campo do Marte. Então já tá definido que vai ser na Castelo?

 

Robson do Chocolate: Não nós estamos em conversa ainda. A ideia inicial seria dois tanques, dois reservatórios, então vai iniciar os estudos os projetos para saber de fato quantos serão, a ideia seria no campo do Marte, (sugestão) e agora no campo da Castelo

JRP/BPR: A dois meses atrás eu (Luiz Fortes) estive com o Reitor lá o Marcelo Gissoni, e ele falou que não tinha definição ainda?

 

Robson do Chocolate: Por isso, pois ainda estamos conversando, não é só chegar lá e fazer um tanque. Existe uma conversa de um retorno, então está sendo estudado tudo isso.

JRP/BPR: Houve uma reunião com representantes da Prefeitura lá no colégio Francisco de Assis, na apresentação (Sr. Wanderson-Presidente da Rio Águas), falaram de dois reservatórios. O principal seria esse da Castelo Branco?

Robson do Chocolate: Por isso que está em estudo se vai ser necessário ter dois, pode ser que tenhamos um aqui e outro do outro lado, do lado de cá e do outro lado de Realengo, lá perto da rua Recife…mas não sei, o mais certo é os técnicos para darem esta resposta.

JRP/BPR: E a população de Realengo, baseada na linha de trem o lado Norte (Coletivo, Agua Branca, Av. Brasil) quando a gente começou fez um trabalho de todo Realengo é o que se julga mais pobre é o primo pobre…que ali não tem uma agencia bancaria, e que o progresso veio pra esse lado (sul da linha do trem) na avenida Santa Cruz, onde tem o comércio então eles reclamam muito

Os Moradores dessa região sempre declaram que não são atendidos pelo poder público. O que poderia ser dito especificamente para eles quanto a divisão do investimento?

Robson do Chocolate: Eu acabei de falar… estava na sexta feira na rua Recife, mexendo na rua Recife, a gente tá com um trabalho na Agua Branca de Calçada Maravilha, a gente tem uma atuação muito boa, atuamos em toda aquela área ali.

JRP/BPR: Uma grande reclamação daquele povo..

Robson do Chocolate: Olha a prefeitura não faz essa divisão;;;

JRP/BPR: Eles sempre reclamam que o manilhamento é da década de 40 e falta de bueiro.

Robson do Chocolate: O engraçado que o rio que foi canalizado o rio Marinho do lado norte  e do Sul não…esse investimento é para os dois lados…

JRP/BPR: Robson…a gente gostaria de agora deixar você a vontade para falar pra toda a população que possa nos assistir as suas considerações finais.

Robson do Chocolate: Primeiramente gostaria de agradecer a vocês , pelo entendimento e por confiar vindo aqui a subprefeitura é por que confia no nosso trabalho, agradecer as pessoas que estão ajudando o SOS REALENGO URGENTE, o pessoal do 100% Parque Verde, são parceiros que ajudam demais, sempre ajudou. E só chamo a atenção para a população em relação a Jogar lixo nas ruas, 70% ou 80% do problema nosso d

Marcelo Queiroz, Robson do Chocolate e Luiz Fortes

e rua  é problema no ralo, problema de sujeira no ralo.. se a gente conseguir parar a quantidade de lixo a gente vai reduzir em muito esse problema de ruas cheias. Até essa semana coloquei no SOS, encontrei Fogão…já encontrei carrinho de bebe, cama então é pedir a população, tem uma mania: por exemplo de o lixeiro vai recolher o lixo na terça feira as 18h, ele sai segunda de manhã e coloca o lixo…vem uma chuva segunda a tarde…e leva aquele lixo todo pra rua e acaba culpando o gari de não ter varrido o local. É pedir a população pra colocar o lixo na hora certa, no dia certo e parar de jogar lixo na rua e agradecer a toda a população e dizer que nós estamos trabalhando. A gente acorda cedo e dorme tarde. É uma máxima nossa e do prefeito, pois da mesma forma ele acorda cedo e dorme tarde, não tem como o meu chefe acordar 4:30h da manhã e eu querer acordar 5h. Se ele acorda 4:30h, eu vou acordar 4h , se ele acordar 4, eu vou acordar 3h, se ele acordar 3h, eu  nem  vou dormir; estamos aqui é pra trabalhar e pra servir e não ser servido.

O blog Pró-Realengo e o Jornal Realengo em Pauta, agradecem a sua atenção.

 

 

 

 

 

 

SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DEIXA COLEGIO SOUZA LIMA ABANDONADO

Colégio Souza Lima rua Gen.Sezefredo fotos Marcelo Queiroz

Abandono material e descaso financeiro.

Imóvel em Realengo  que foi durante décadas funcionou o Colégio Souza Lima,  foi desapropriado pelo poder publico foi declarado de utilidade publica em 31 de março de 2022. Desde de então a Secretaria Estadual de Educação deixou o imóvel abandonado. Nos últimos meses o imóvel vem sofrendo a ação de vândalos que furtam tudo que é possível no imóvel. Da calçada do imóvel na rua General Sezefredo 646  é possível ver que todas as janelas foram furtadas e o prédio de utilidade publica vem sendo depredado, já que a Secretaria Estadual de Educação que desapropriou o imóvel pela quantia de R$ 4.741.580,00 (incluindo outros imoveis) não colocou a devida segurança para resguardar o investimento feito com dinheiro publico.

Cerca de Concertina danificada por vândalos fotos Marcelo Queiroz

 

s moradores do bairro estão assustados e quem passa pela rua consegue ver que a concertina foi danificada para facilitar o acessos dos meliantes que agem com o cair da noite e não são incomodados na ação de destruir o Patrimônio Publico que se tornou o imóvel. Como é um bem do Estado a Secretaria Estadual de Educação poderia acionar o Batalhão da região solicitando apoio par evitar a depreciação do imóvel comprado com o bem publico. Com a palavra o Governador Claudio Castro e sua  secretaria de Educação Roberta Barreto.

 

 

Janelas do prédio do Colégio foram furtadas. Fotos Marcelo de Queiroz

destaque do RGI

Reprodução da Desapropriação. Foto RealaengoEmPauta

 

 

Reprodução da Desapropriação. Foto RealaengoEmPauta

Esse Lixo é Meu?

Esse lixo é meu?


O rio, onde ontem havia peixes, hoje pescamos sofás, geladeiras, garrafas pet e tudo mais que se possa imaginar.
O que podemos fazer? Só olhar e lamentar? Qual exemplo estamos dando aos jovens…
Podemos reverter essa prática? Acredito que sim, somos otimistas, sempre temos esperança.

arte sobre fotos da prefeitura

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Hoje os velhos de cabeça branca estão lutando contra um abandono de anos, contra o descaso de políticas públicas “não públicas”…

Nós cansamos, arregaçamos as mangas e uma luz no fim do túnel se acendeu, mas a educação ambiental precisa ser feita já!

 

Não pode o poder público limpar, fazer obras e o povo emporcalhar diariamente….

Lixo é no lixo e não no rio ou na calçada.

rio Catarino sob a linha férrea em Realengo. fotos Prefeitura RJ


Temos que este hábito mudar. O lixo descartado indevidamente volta em

forma de enchentes.
Destrói o patrimônio da gente, por causa de um povo inconsequente que paga para jogarem entulho e tudo que não usam nos rios da gente.
Que na escola nossas crianças aprendam que existe um planeta a salvar. Começamos não jogando lixo nos rios nem poluindo os mares. Que cresçam alertando os adultos a um novo hábito salutar, lixo no lixo e um planeta podemos salvar.

camapanha Prefeitura RJ

obs: Ver seres humanos dentro de um rio/lixão e sujeitos a contraírem doenças variadas, nos revolta imensamente.
Colabore fazendo sua parte.


Texto de Luiz Fortes e Marcelo Queiroz
Respectivamente responsáveis pelas mídias, Blog_Pro-Realengo e Jornal Realengo em Pauta 

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Em apoio as demandas do Movimento Popular SOS REALENGO URGENTE

Erika Carvalho, moradora de Realengo é a Musa da Unidos de Bangu.

foto: Lucas Franklin

Erika Carvalho, moradora de Realengo é a Musa da Unidos de Bangu.

A nutricionista Erika Carvalho, moradora do nosso bairro, fez sua estreia como Musa da nidos de Bangu no ensaio técnico na Marquês de Sapucaí em 2023, Erika que já foi passista da agremiação recebeu aplausos e elogios com seu charme e samba pé na tradicional passarela do samba!


 

Sua trajetória.
Cheguei em Realengo aos 8 anos, morei na comunidade Light no Jardim Novo, agora moro na Rua Carumbé, fiz parte de projetos sociais, um deles foi da coreógrafa Vânia Reis, de ballet e jazz.

foto: Lucas Franklin


Eu estudei no CIEP Frei Veloso na Capitão Teixeira, também no Colégio Agostinho Cunha, como meia bolsa,
Me formei em Nutrição que amo de paixão.


Samba no pé.


foto: Léo Cordeiro
No mês de Janeiro rolou na Sapucaí o ensaio técnico da Série Ouro, a nossa Unidos de Bangu foi a segunda escola se apresentar promovendo a estreia da nutricionista Erika Carvalho como musa da agremiação, que demonstra a responsabilidade e sabedoria das mulheres do samba. Com seu charme e beleza encantou o público com seu samba.

“Tenho orgulho de representar minha Zona Oeste na avenida, fui passista da Bangu e hoje sou musa. E acredito que fato de uma mulher poder sambar não menospreza sua inteligência, força e sabedoria. Espero poder ser inspiração para milhares meninas negras, periféricas que sonham um dia ter sua profissão, mas que amam se divertir em suas raízes, seja o samba, funk ou charme”.

Assista ao vídeo

 

 

Erika diz que foi a primeira graduada de sua família:

Sempre curti essa vibe de cozinhar desde criança, ao terminar o ensino médio, cursei Gastronomia pelo Senac.
Em 2013 comecei graduação de Nutrição e os diversos cursos pela Faetec, Fiocruz e outros. A única coisa que eu sei dizer é que a cozinha é o meu melhor ambiente, lá eu esqueço meus medos, traumas e tudo que me aflige.


Seu insta.
https://instagram.com/_nutrierikacarvalho?igshid=OGQ2MjdiOTE=


matéria em conjunto com as midias .
Blog Pró-Realengo e Jornal Realengo em Pauta

Desocupações para construção do Parque Realengo Verde.

O dia 06 de dezembro ficará marcado para as pessoas da comunidade Santo Antônio, popularmente conhecido como Ideal em Realengo. Bem cedo guarnições da Guarda Municipal e equipes da SEOP chegaram com maquinas para derrubar as lojas comercias na Rua General Raposo. A ação tem como finalidade as obras do futuro Parque Verde de Realengo. Todos foram tomados de surpresa, pois apesar do aviso no dia 28 de Novembro, de uma desocupação imediata, os comerciantes tiveram no local a presença do vereador Dr. Gilberto. O vereador fez ligações e garantiu que a desocupação só aconteceria em Janeiro, após as festas natalinas. Apesar das construções estarem irregulares a muito tempo, o poder publico poderia ter a sensibilidade de dar um prazo de 30 dias para que os comerciantes pudessem deixar o loca com dignidade.

Mais ainda, numa ação mais social fazer o cadastramento para que os mesmo pudessem ser alocados dentro do projeto do parque verde, que inclui um comercio externo próximo da área que foi desocupada. Neste momento de crise a prefeitura poderia atuar com mais solidariedade com esses comerciantes. Alias a falta de comunicação com a população de Realengo vem sendo a marca da Prefeitura de Eduardo Paes com bairro. Lembramos sempre que a luta pelo Parque Realengo Verde vem de décadas e o anseio da população é por um projeto que traga benefícios para a população do bairro. Conversamos com um membro da comissão dos comerciantes que nos contou seu drama.

Realengo em Pauta: Estamos aqui com um morador do Ideal, falando em nome da comissão sobre a situação da demolição dos prédios aqui feita pela prefeitura do Rio, no entorno do futuro Parque de Realengo.

Morador: Então o que aconteceu recebemos a notificação no dia 28 de novembro, para a demolição imediata, mas acontece que houve uma conversa entre as partes entre vereador, advogado e chegou até o nosso ouvido, mas não foi nada oficial, nada por escrito formalmente que a demolição só iria acontecer em janeiro, ai seguramos mais um pouco ai muitos comerciantes saíram desesperados eu não segurei um pouco mais, trabalhei mais uma semana, quando é o dia de hoje a prefeitura veio demolindo tudo derrubando senhor o tudo não dando nenhuma explicação pra gente, não deu uma satisfação não saímos com dignidade, eu sou a favor do parque de Realengo, vai trazer muito benefício pra comunidade, pra área em torno em geral até porque esta Rua Pedro Gomes onde está localizado o parque e nosso comercio é uma rua que

enche, tem muita enchente nesta rua, então vai ser beneficiada a comunidade esta rua, por que vai passar umas galerias onde não vai haver mais estas enchentes. Mas em contra partida é que estamos no início de dezembro, muitas famílias vão ficar sem amparo nenhum, pais de família desempregado, eu como comerciante também vou ficar sem ter como ganhar meu pão e sustentar minha família, não sei se vai ter natal ou ano novo na minha casa na casa de todo mundo que está sendo retirado também tenho certeza que não vai ser um bom natal e um bom ano novo. Isso ai a gente agradece ao senhor Eduardo Paes, graças a Deus que não deu nenhuma satisfação pra gente entendeu, deixou a gente a ver navio, não sei se ele sabe da nossa existência, sabia que tinha uma comunidade no entorno, mas procurou saber se tinha um comercio no entorno? Se tinham pessoas que trabalham e necessitam deste trabalho para levar o sustento para casa não sei se isso chegou ao ouvido do Senhor Eduardo Paes, entendeu eu fico muito triste, já não sei nem mais o que vou fazer da minha vida, vou ter de parar, pensar.

Realengo em Pauta: Não houve nenhum contato da prefeitura, pra garantir a inscrição de vocês num futuro espaço no Parque?

Morador: O único contato que eu tenho é uma notificação para saída imediata, nenhum pingo de respeito, nenhum tipo de consideração pelo povo que trabalha e tem seu comercio.

Realengo em Pauta: Obrigado por sua declaração.

Matéria em conjunto com o Blog Pró-Realengo e o Jornal Realengo em Pauta

Thamyris escritora de Realengo e seu novo livro.

Mais um livro de uma Realenguense sai da prensa. 
Quem é Tamyris Torres?
 

Sou nascida e criada em Realengo. Vim morar em Bangu em 2022. 

Estudei até a oitava série no Colégio Agostinho Cunha, no segundo grau fui estudar no Colégio Realengo. Fiz a minha faculdade de Jornalismo na Universidade Castelo Branco. Tenho 35 anos, sou casada. Jornalista, escritora, psicanalista e mestranda em Comunicação Organizacional. 
 
SOBRE O LIVRO O DESTINO de IRENE.
Drama familiar e uma mulher em fuga da própria vida

Prestes a ser lançado, em 28 de novembro, “O Destino de Irene” conta a história de uma mulher angustiada que desenvolve anorexia e bulimia ao passar por frustrações e traumas de infância

Um relacionamento entre pais e filha atravessado por questões sociais como o tabu da gravidez antes do casamento, na década de 1980, e a obrigatoriedade de realizar uma faculdade que não era desejada. Assim começa a trama de Irene, uma menina de 14 anos que reconhece não poder escolher o seu futuro acadêmico, pois Medicina é o curso que está no sangue e nos negócios da família.
O romance é enriquecido com dados e informações históricas como a criação do SUS – Sistema Único de Saúde, a entrada de planos de saúde no Brasil, referências de mitos

capa do livro reprodução

gregos e nórdicos, além de trazer para a pauta, a discussão sobre a democratização da Psicanálise para periféricos e pobres.
São capítulos que relatam a vida do personagem principal, até que se torna adulta e seus familiares, como Ícaro, seu pai, Valquíria, sua mãe, Caio e Camila, seus irmãos. O livro também traz a figura do analista Miguel e a sua filha Talita, pessoas chaves que estarão presentes na vida de Irene por anos.
Em “O Destino de Irene”, a autora também oferece aos leitores ideias sobre anorexia e bulimia, além de discorrer sobre depressão e automutilação na adolescência. A então médica Irene passa a desejar aquilo que nunca pode ter: ser uma artista. Se dependesse dela, teria escolhido Belas Artes e se tornaria uma pintora. No entanto, por algum motivo, o seu pai Ícaro sempre passava mal com alergias severas quando esse assunto entrava em discussão, durante a trama. Mais um tabu que envolve este romance.
Esse novo livro, proporciona, aos adultos, uma viagem no tempo, trazendo décadas – de 1970 aos anos 2000 – e as suas peculiaridades, tais como as músicas, moda, cultura e lazer. Vale ressaltar que a autora Tamyris Torres, tem a sensibilidade de conversar com o leitor sobre assuntos importantes e sérios como a compulsão alimentar, o corpo de meninas e mulheres enquanto capital, arraigado nos padrões mercadológicos e publicitários e mostra como as mulheres podem ficar confusas e tomar decisões impensadas em nome da beleza. É um drama familiar que ajuda a pensar sobre sociedade, política e feminismo.

 

 

“Naquela manhã, Irene estava em um transe especial, lembrando de diversas situações da sua vida, não conseguia

 subir as escadas para chamar a sua amiga, em seu quarto. Parou no meio do caminho e se pôs a pensar como era parecida com um pássaro em sua gaiola, sentia-se presa, mas segura, já que não sabia como era a sensação de voar.

Se ela pudesse escolher ser um animal, votaria em uma avestruz. Com asas, mas que por seu peso jamais conseguiria sair do chão. Mas, tudo bem… Já que ela não saberia se virar com esse “poder” lá fora, longe do seu ninho. E mesmo não passando de lenda, ela poderia enfiar a cabeça na terra ocasionalmente, assim como dizem que esses animais costumam fazer.” (O Destino de Irene, p. 29).

FICHA TÉCNICA LIVRO FÍSICO
Título: O Destino de Irene
Autora: Tamyris Torres
Editora: Sarvier
Categoria: drama/ romance
ISBN: 978-65-5686-035-0
Páginas: 150
Data de Lançamento: dezembro de 2022
FICHA TÉCNICA E-BOOK
Título: O Destino de Irene
Autora: Tamyris Torres
Categoria: drama/ romance
ISBN: 978-65-00-56655-0
Páginas: 150
Data de Lançamento: 28 novembro de 2022
Link para download: http://www.amzn.com/B0BMT19VZR
Sobre a autora:
Tamyris Torres é romancista e contista, além de ser jornalista e psicanalista. Começou a sua carreira profissional em redações como Globoesporte.com, O Diário Lance! e UOL. Foi gerente de Comunicação e Marketing das academias de futebol do Ronaldinho Gaúcho e das academias de artes marciais Team Nogueira, dos irmãos Minotauro e Minotouro. Atuou como assessora de imprensa do Instituto Irmãos Nogueira e Universidade Castelo Branco. “O Destino de Irene” marca a carreira literária da autora, misturando as suas áreas de atuação, principalmente as leituras freudianas e lacanianas que, ao longo do livro, colaboraram para a criação de personagens humanizados, com conflitos e angústias a serem resolvidas, também traz a figura de uma analista e enriquece a trama com assuntos como a transferência e a resistência em sessões de análise.
Redes sociais da autora:
Facebook:Escritora Tamyris Torres

QUEREMOS O PARQUE REALENGO 100% VERDE SR. PREFEITO

O desejo da população de REALENGO é que a totalidade da Área da antiga fabrica de Cartuchos seja destinado ao Parque Verde de Realengo. Essa vistosa área verde tem um projeto de excelente qualidade para a população da Zona Oeste e não aceitamos nada pela metade.

A luta de décadas da população de Realengo através do movimento Parque Realengo Verde é pela preservação desta área verde e evitar que prédios de concreto sejam construídos neste local. Qual a intenção da preservação desta área para o benefícios para toda a população de Realengo e bairros vizinhos e não apenas para lucros de uma caixa habitacional.

Esta área pode ser habitada pelo projeto maior que consiste:

  • Preservação de vasta área verde
  • Recuperação da Fonte
  • Recuperação de campos de futebol
  • Ciclovia interna
  • Pista de skate
  • Pista de caminhada
  • Academia da maior idade
  • Parquinho
  • Revegetação
  • Museu da Fabrica
  • Centro Cultural
  • Projetos sustentáveis
  • Espaço Cultural
  • Biblioteca
  • Conservatório de Musica
  • Sala de oficinas
  • Centro administrativos
  • Ampliação do IFRJ
  • Campus Universitário da UNIRIO
  • Instituto do Coração
  • Instituto Benjamin Constant

Secretaria Municipal de Cidadania leva atendimento Itinerante a Realengo nesta sexta-feira (15/07)

A Secretaria Municipal de Cidadania  leva o programa  Cidadania Itinerante ao bairro de Realengo, nesta sexta-feira (15/07).  A equipe estará na Rua Jaime de Carvalho, 240, no Ouro Negro, em Realengo, com vários serviços disponíveis para o cidadão, das 10h às 15 h.

Entre os serviços disponibilizados, a Fundação Leão XII, viabilizará a solicitação de segunda via de documentos, como certidão de nascimento, casamento e certidão de óbito. Haverá ainda assessoria jurídica e equipe da Light estará a postos para atendimento ao consumidor.

A equipe do Procon Carioca também estará presente à ação. Os consumidores interessados em registrar reclamações  a respeito de qualquer empresa  ou esclarecer dúvidas sobre seus direitos devem levar cópia dos documentos pessoais, além dos comprovantes de compra do produto ou do serviço contratado, como boletos e notas fiscais.

 “O serviço itinerante Procon nos Bairros visa dar celeridade às ações para resolver o mais rapidamente às demandas do consumidores”, afirma Igor Costa, Diretor Executivo do Procon Carioca.

As queixas serão encaminhadas diretamente às empresas, que terão um prazo de dez dias para solucionar as questões.

“O objetivo de ações dessa natureza é ampliar ao máximo o acesso do cidadão aos serviços disponibilizados pela Prefeitura”, informa Renato Moura, secretário municipal de Cidadania.

O atendimento no programa  “Cidadania Itinerante”  está condicionado à distribuição de senhas.

Foto: Prefeitura do Rio

LANÇAMENTO DA AGENDA REALENGO 2030 NO IFRJ

 

 

 

Alô, alô Realengo!
Ao contrário dos versos da música de Gil que nos dizem que “o Rio de Janeiro continua
lindo”, o morador de Realengo sabe dos diversos problemas que enfrentamos todos os dias. Este
pequeno documento que você recebe hoje é uma tentativa de fazer com que a nossa vivência, no
bairro que tanto amamos, possa ser feita com mais acolhimento e menos descaso. Então, para
todo mundo que vai continuar com a gente e ler a agenda até o final, já agradecemos e dizemos:
“Aquele abraço!”

Enquanto Rio privatiza, por que Paris, Berlim e outras 265 cidades reestatizaram saneamento?

Serviços inflacionados, ineficientes e com investimentos insuficientes são motivos para a reestatização

Enquanto iniciativas para privatizar sistemas de saneamento avançam no Brasil, um estudo indica que esforços para fazer exatamente o inverso – devolver a gestão do tratamento e fornecimento de água às mãos públicas – continua a ser uma tendência global crescente.

De acordo com um mapeamento feito por onze organizações majoritariamente europeias, da virada do milênio para cá foram registrados 267 casos de “remunicipalização”, ou reestatização, de sistemas de água e esgoto. No ano 2000, de acordo com o estudo, só se conheciam três casos.

Satoko Kishimoto, uma das autoras da pesquisa publicada nesta sexta-feira, afirma que a reversão vem sendo impulsionada por um leque de problemas reincidentes, entre eles serviços inflacionados, ineficientes e com investimentos insuficientes. Ela é coordenadora para políticas públicas alternativas no Instituto Transnacional (TNI), centro de pesquisas com sede na Holanda.

“”Em geral, observamos que as cidades estão voltando atrás porque constatam que as privatizações ou parcerias público-privadas (PPPs) acarretam tarifas muito altas, não cumprem promessas feitas inicialmente e operam com falta de transparência, entre uma série de problemas que vimos caso a caso”, explica Satoko à BBC Brasil.

O estudo detalha experiências de cidades que recorreram a privatizações de seus sistemas de água e saneamento nas últimas décadas, mas decidiram voltar atrás – uma longa lista que inclui lugares como Berlim, Paris, Budapeste, Bamako (Mali), Buenos Aires, Maputo (Moçambique) e La Paz.

Sakoto Kishimoto, coordenadora para políticas públicas alternativas no Instituto Transnacional (TNI)

Privatizações a caminho

A tendência, vista com força sobretudo na Europa, vai no caminho contrário ao movimento que vem sendo feito no Brasil para promover a concessão de sistemas de esgoto para a iniciativa privada.

O BNDES vem incentivando a atuação do setor privado na área de saneamento, e, no fim do ano passado, lançou um edital visando a privatização de empresas estatais, a concessão de serviços ou a criação de parcerias público-privadas.

À época, o banco anunciou que 18 Estados haviam decidido aderir ao programa de concessão de companhias de água e esgoto – do Acre a Santa Catarina.

O Rio de Janeiro foi o primeiro se posicionar pela privatização. A venda da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae) é uma das condições impostas pelo governo federal para o pacote de socorro à crise financeira do Estado.

A privatização da Cedae foi aprovada em fevereiro deste ano pela Alerj, gerando polêmica e protestos no Estado. De acordo com a lei aprovada, o Rio tem um ano para definir como será feita a privatização. Semana passada, o governador Luiz Fernando Pezão assinou um acordo com o BNDES para realizar estudos de modelagem.

Da água à coleta de lixo, 835 casos de reestatização

Satoko e sua equipe começaram a mapear as ocorrências em 2007, o que levou à criação de um “mapa das remunicipalizações” em parceria com o Observatório Corporativo Europeu.

site monitora casos de remunicipalização – que podem ocorrer de maneiras variadas, desde privatizações desfeitas com o poder público comprando o controle que detinha “de volta”, a interrupção do contrato de concessão ou o resgate da gestão pública após o fim de um período de concessão.

A análise das informações coletadas ao longo dos anos deu margem ao estudo. De acordo com a primeira edição, entre 2000 e 2015 foram identificados 235 casos de remunicipalização de sistemas de água, abrangendo 37 países e afetando mais de 100 milhões de pessoas.

Nos últimos dois anos, foram listados 32 casos a mais na área hídrica, mas o estudo foi expandido para observar a tendência de reestatização em outras áreas – fornecimento de energia elétrica, coleta de lixo, transporte, educação, saúde e serviços sociais, somando um total de sete áreas diferentes.

Em todas esses setores, foram identificados 835 casos de remunicipalização entre o ano de 2000 e janeiro de 2017 – em cidades grandes e capitais, em áreas rurais ou grandes centros urbanos. A grande maioria dos casos ocorreu de 2009 para cá, 693 ao todo – indicando um incremento na tendência.

O resgate ou a criação de novos sistemas geridos por municípios na área de energia liderou a lista, com 311 casos – 90% deles na Alemanha.

A retomada da gestão pública da água ficou em segundo lugar. Dos 267 casos, 106 – a grande maioria – foram observados na França, país que foi pioneiro nas privatizações no setor e é sede das multinacionais Suez e Veolia, líderes globais na área.

ETA GuanduDireito de imagemCOSME AQUINO
Image captionEstação de Tratamento de Água (ETA) Guandu, em Nova Iguaçu (RJ)

Fácil fazer, difícil voltar atrás

De acordo com o estudo, cerca de 90% dos sistemas de água mundiais ainda são de gestão pública. As privatizações no setor começaram a ser realizadas nos anos 1990 e seguem como uma forte tendência, em muitos casos impulsionadas por cenários de austeridade e crises fiscais.

Satoko diz ser uma “missão impossível” chegar a números absolutos para comparar as remunicipalizações, de um lado, e as privatizações, de outro. Estas podem ocorrer em moldes muito diferentes, seja por meio de concessões de serviços públicos por determinados períodos, privatizações parciais ou venda definitiva dos ativos do Estado.

Entretanto, ela frisa a importância de se conhecer os riscos que uma privatização do fornecimento de água pode trazer e as dificuldades de se reverter o processo.

“Autoridades que tomam essa decisão precisam saber que um número significativo de cidades e estados tiveram razões fortes para retornar ao sistema público”, aponta Satoko.

“Se você for por esse caminho, precisa de uma análise técnica e financeira muito cuidadosa e de um debate profundo antes de tomar a decisão. Porque o caminho de volta é muito mais difícil e oneroso”, alerta, ressaltando que, nos muitos casos que o modelo fracassou, é a população que paga o preço.

Como exemplo ela cita Apple Valley, cidade de 70 mil habitantes na Califórnia. Desde 2014, a prefeitura vem tentando se reapropriar do sistema de fornecimento e tratamento de água por causa do aumento de preços praticado pela concessionária (Apple Valley Ranchos, a AVR), que aumentou as tarifas em 65% entre 2002 e 2015.

Litígios dispendiosos

A maioria da população declarou apoio à remunicipalização, mas a companhia de água rejeitou a oferta de compra pela prefeitura. Em 2015, a cidade de Apple Valley entrou com uma ação de desapropriação, e o processo agora levar alguns anos para ser concluído.

Satoko afirma que há inúmeros casos de litígios similares, extremamente dispendiosos aos cofres públicos e que geralmente refletem um desequilíbrio de recursos entre as esferas públicas e privadas.

“Quando as autoridades locais entram em conflito com uma companhia, vemos batalhas judiciais sem fim. Em geral, as empresas podem mobilizar muito mais recursos, enquanto o poder público tem recursos limitados, e muitas vezes depende de dinheiro proveniente de impostos para enfrentar o processo.”

Outro exemplo que destaca é o de Berlim, onde o governo privatizou 49,99% do sistema hídrico em 1999. A medida foi extremamente impopular e, após anos de mobilização de moradores – e um referendo em 2011 -, ela foi revertida por completo em 2013. Foi uma vitória popular, diz Satoko, mas por outro lado o Estado precisou pagar 1,3 bilhão de euros para reaver o que antes já lhe pertencia.

“É um caso muito interessante, porque a iniciativa popular conseguiu motivar a desprivatização”, diz Satoko. “Mas isso gerou uma grande dívida para o Estado, que vai ser paga pela população ao longo de 30 anos.”

Realidade brasileira

Já tem uma década que a Lei do Saneamento Básico entrou em vigor no Brasil, mas metade do país continua sem acesso a sistemas de esgoto.

De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, 50,3% dos brasileiros têm acesso a coleta de esgoto. Para a outra metade do país – 100 milhões de pessoas – o jeito de lidar com dejetos é recorrer a fossas sanitárias ou jogar o esgoto diretamente em rios. Já o abastecimento de água alcança hoje 83% dos brasileiros.

O economista Vitor Wilher afirma que não se pode ignorar esse cenário. Especialista do Instituto Millenium, ele considera que, no Brasil, a privatização seria uma solução do ponto de vista técnico e pragmático.

Ao deter controle de outras áreas que poderiam ser geridas pela iniciativa privada – como saneamento básico, correios, indústria de petróleo – o Estado brasileiro não consegue oferecer serviços básicos de qualidade, como segurança, educação e saúde, afirma.

“Na situação a que chegamos, porém, é meio irrelevante discutir se o Estado brasileiro deveria ou não cuidar dessas áreas. Porque o fato é que o Estado não tem mais recursos para isso”, diz o economista.

Luiz Fernando Pezão e Paulo Rabello de CastroDireito de imagemAFP
Image captionGovernador do Rio, Luiz Fernando Pezão (direita), assina acordo de cooperação técnica com presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, para que o banco faça a modelagem da concessão da Cedae.

“Os recursos estão de tal sorte escassos que ou o Estado privatiza, ou essas áreas ficam sem investimento. Hoje mais de metade da população não tem saneamento básico. Um Estado que gera um deficit primário da ordem de quase R$ 200 bilhões ao ano não tem qualquer condição de fazer os investimentos públicos necessários no setor.”

Moeda de troca para austeridade

O caso do Rio, e da Cedae, é semelhante ao de outros países em que a privatização de serviços públicos é exigido por instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial como contrapartida para socorro financeiro.

Satoko lembra o caso da Grécia, onde a privatização das companhias de água que abastecem as duas maiores cidades do país, Atenas e Thessaloniki, era uma das exigências do programa de resgate ao país.

“É um approach absolutamente injusto, porque a companhia de águas é vendida meramente para pagar uma dívida. Mas, com isso, o dinheiro entra no orçamento público e imediatamente desaparece. Depois disso, a empresa já saiu das mãos públicas – ou indefinidamente, ou por períodos de concessão muito longos, que costumam ser de entre 20 a 30 anos”, pondera.

No papel, a Cedae é uma empresa de economia mista, mas o governo estadual do Rio detém 99,9% das ações. A companhia atende cerca de 12 milhões de pessoas em 64 municípios.

“No caso específico da Cedae, a entrega da gestão a iniciativa privada é ainda mais justificada”, considera Wilher, do Instituto Millenium.

“Além de a situação fiscal do Rio ser crítica, a Cedae não tem serviços de tratamento de água e esgoto satisfatórios há décadas”, diz ele, citando como contraponto o caso de Niterói, cidade vizinha ao Rio, em que a desvinculação da companhia pública e a privatização da rede de água levou a bons resultados. “É um dos cases de sucesso nos últimos anos no Brasil.”

Apesar das muitas deficiências que costumam ser apontados na qualidade e na abrangência do serviço prestado, a Cedae tem ganhos expressivos: só em 2016 o lucro foi de R$ 379 milhões, contra R$ 249 milhões em 2015 – um incremento de 52%.

Satoko afirma que o argumento da ineficiência de sistemas públicos de esgoto não podem ser uma justificativa para a privatização.

“Seus defensores apresentam a privatização como a única solução, mas há muitos bons exemplos no mundo de uma gestão pública eficiente. Afinal, 90% do fornecimento de água no mundo é público”, lembra. “A solução não é privatizar, e sim democratizar os serviços públicos.”

O economista Vitor Wilher ressalta, entretanto, que privatizar não significa uma saída de cena do estado. Uma parte fundamental do processo é uma estrutura de regulação sólida, estabelecendo obrigações, compromissos, prazos, políticas tarifária.

“Não se trata de entregar para a iniciativa privada. Os contratos têm que estar muito bem amarrados, senão a empresa poderia praticar os preços que quisesse e descumprir os serviços que lhe foram designados. Isso é um ponto importantíssimo. Não basta só privatizar, é preciso regular.”

Bandeira da Grécia em AtenasDireito de imagemREUTERS
Image captionNa Grécia, privatização de algumas companhias de água era uma das exigências do programa de resgate ao país.

Lógica do lucro ‘incompatível’ com serviços?

O estudo da remunicipalização de serviços aponta para incompatibilidades entre o papel social de uma companhia de água e saneamento com as necessidades de um grupo privado. Os serviços providos são direitos humanos fundamentais, atrelados à saúde pública e que, pelas especificidades do setor, precisam operar como monopólio.

Satoko considera que grupos privados não têm incentivo para fazer investimentos básicos que não teriam uma contrapartida do ponto de vista empresarial. No caso do Rio, por exemplo, investimentos necessários para aumentar o saneamento em áreas carentes não dariam retorno, considera.

“Com a concessão para grupos privados, a lógica de operação da companhia muda completamente. Os ativos não pertencem mais ao público. Ela passa a ter que gerar lucros e dividendos que sejam distribuídos para acionistas”, diz Satoko.

“O risco é enorme. Sistemas de água não pertencem ao governo, e sim ao povo. Se esse direito se perde, torna-se mais difícil implementar políticas públicas.”

A discussão necessária, considera Satoko, é como tornar uma companhia de saneamento mais eficiente e lucrativa para a sociedade. Quando a dívida pública se estabelece como prioridade, não há mais espaço para esse debate