O POVO QUER MUDANÇAS, MAS NÃO QUALQUER MUDANÇA.

O POVO QUER MUDANÇAS, MAS NÃO QUALQUER MUDANÇA.

O exercício da cidadania tem que ser feito, sobretudo com ética. A transparência e a veracidade dos fatos são fundamentais para o avanço do Brasil como um país desenvolvido. Vivemos uma democracia de 29 anos. Passados os 21 anos de regime de exceção, o processo de reabertura política e a instalação de uma assembleia constituinte que levou à promulgação de uma nova constituição, a consolidação de nossa democracia tem como marco o processo de impeachment do presidente Fernando Collor, com a posse do seu vice-presidente Itamar Franco e as eleições gerais de 1994.

E assim tem sido a cada 4 anos: os brasileiros vão às urnas para escolher seus representantes a nível federal e o Presidente da República. Muitos chamam de festa da democracia. Neste ano de 2014 não foi diferente. Um novo pleito onde os partidos existem apresentaram 11 candidaturas no primeiro turno: Dilma Rousseff (PT). Aécio Neves (PSDB), Marina Silva – substituindo Eduardo Campos (PSB), Luciana Genro (PSOL), Everaldo Pereira (PSC), Eduardo Jorge (PV), José Maria Eymael (PSDC), José Maria de Almeida (PSTU), José Levy Fidélix (PRTB), Mauro Luís Iasi (PCB) e Rui Costa Pimenta (PCO). As várias candidaturas e propostas são salutares numa eleição em 2 turnos e com tantos partidos. Para o segundo turno vão as duas mais votadas para aí sim ser escolhido o vencedor. Parece justo e democrático.

O primeiro turno de nossa eleição começou com uma tragédia. Eduardo Campos candidato escolhido por PSB, PPS, PPL, PHS, PRP, PSL para representar uma 3ª via no processo eleitoral, é vitima de um acidente de aviação e vem a falecer. Após debates a coligação lança a então candidata a vice. Marina Silva em seu lugar, e escolhe o gaúcho Beto Albuquerque para candidato a vice. A escolha de Marina mexe com o tabuleiro eleitoral já que a candidatura da 3ª via saí de míseros 8% para 28% de intenção de votos superando em índices a candidatura de Aécio Neves e se aproximando da candidatura de Dilma, apresentando um quadro diferente da dualidade PT x PSDB das ultimas 5 eleições presidências. A partir deste fato os adversários passaram a desconstrução da candidatura de Marina Silva pelo perigo que, segundo eles, apresentava, e já nos dias que se aproximavam do dia eleição, o que se via é que a tática tinha dado certo, pois o tucano Aécio se aproximava a passos largos, reconquistando o eleitorado perdido e minando a proposta de mudança que Marina Silva apresentava. Resultado do 1º Turno: Um segundo turno com a dualidade PT x PSDB.

No segundo turno o que se aguardava era o embate entre Dilma e Aécio e também para onde Marina Silva e sua coligação levariam os de 21 milhões de votos recebidos no 1º turno. Marina, e para surpresa de todos, até o PSB, optaram por pedir voto para Aécio Neves. A campanha do segundo turno foi pautada nas denúncias de corrupção de ambos os lados. Aécio se apresentava como o candidato da mudança que no primeiro turno era representada por Marina Silva e a família de Eduardo Campos. O resultado final anunciado somente às 20 horas do dia 26 devido aos diversos fusos horários foi a vitória de Dilma Rousseff com 54 milhões de votos contra Aécio Neves que teve 51 milhões de votos.

Festa da democracia? Não! Utilizando os instrumentos que mais representam a liberdade da democracia brasileira que são as redes sócias, uma partes dos derrotados aderiu a uma campanha de ódio ao processo eleitoral. Conclamam das mais diversas formas para que a vitória nas urnas seja rejeitada. Uns defendem a divisão do País em um muro onde ao Norte estejam os eleitores de Dilma e no Sul os eleitores de Aécio. Outros iniciam uma campanha contra as urnas eletrônicas, pois o resultado teria, segundo eles, sido forjado. Outros pedem uma nova eleição e inacreditavelmente uma parte pede a volta da ditadura militar! Utilizam até o preconceito como forma de querer mudar o destino das urnas dizendo que o motivo da derrota de Aécio foram “os nordestinos do bolsa-família”. E aí temos que ressaltar que Aécio perdeu a eleição em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, ou seja, no Sudeste!

Mas o povo que mudanças! O povo não aguenta mais corrupção! Sim essa é uma grande verdade. E se formos olhar os números a mudança ou a esperança na mudança era Marina Silva, que não era representada pela corrupção do PT nem do PSDB. Que defendia uma nova política e por isso foi atropelada tanto por Dilma e o PT como pelo Aécio e PSDB. De Marina ambos só queriam o apoio num eventual segundo turno.

Mas o povo quer mudanças! Quer mudanças para melhor! Não que qualquer mudança! E na dúvida optou pelo continuar o que já conhece. Para o povo, Aécio não representa a mudança, nem Dilma. E a prova disto está no eleitor de Pernambuco que no primeiro turno votou em massa em Marina Silva (48%) e que no segundo turno, a despeito da indicação pelo voto em Aécio feita pela própria Marina e a família Campos, preferiu no segundo turno Dilma dando lhe a vitória no estado com 70% dos votos.

O povo quer mudanças! E essa mudança passa por apurar as denúncias de corrupção na Petrobras e punição de TODOS os Políticos envolvidos. Passa pela construção de uma 3ª via onde políticos de bem possa apresentar uma candidatura decente. Nada de golpes! Nada de uma minoria querendo encabrestar a maioria do povo brasileiro. E se é para ter IMPEACHMENT que se faça de todos os políticos envolvidos em corrupção neste país. Pois dizer que a corrupção está em um partido apenas é falácia de derrotado. Não desistiremos do Brasil DEMOCRÁTICO!

Marcelo Queiroz - Morador do Parque Real - lado sul

Marcelo Queiroz – Morador do Parque Real – lado sul

Para que serviu esta eleição?

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Para nós, brasileiros, nos conhecermos mais profundamente. Atualizarmos nosso download.

Foi uma disputa incrível. Emocionante. Histórica. O país não rachou, concordo com a presidente reeleita, Dilma Rousseff, e sim se fortaleceu. Os mais jovens foram se empolgando gradativamente com a política conforme a campanha se desenrolava.

Não venceu o melhor orador. Não ganhou o candidato com sorriso mais bonito. Aécio não só tem dentes expressivos, herança extensiva à sua simpática filha, como forma um belo casal ao lado da sua linda esposa. Tudo certo, neste quesito. Só que estávamos discutindo os destinos do Brasil.

Os aplausos deselegantes dos assessores do tucano durante os debates quando Aécio encurralava a oponente serviram para trazer à tona um comportamento infantil. Os políticos mais bem posicionados na hierarquia social precisam percorrer mais o Brasil e conhecer melhor os conterrâneos.

A vencedora é uma senhora, já avó, que se veste com uns terninhos curtos de gosto duvidoso, gagueja praticamente a todo instante, não completa frases, e que se apresenta corriqueiramente com cara amarrada. Dilma não é simpática. E daí? Ela venceu a eleição. Democracia é assim. Quem vence, leva.

Por mais que derrotados que não saibam perder batam na porta dos quartéis, as Forças Armadas brasileiras merecem todos os aplausos, porque os militares não têm faltado com suas responsabilidades e são garantidoras das instituições. O Brasil saiu melhor da disputa do que entrou. Fosse Aécio ou Dilma. Tanto faz. Esqueçam o golpismo. Vamos cobrar as mudanças que a Nação precisa.

O derrotado ligou para a vencedora e teve altivez de vir a público reconhecer a grandeza do momento. No discurso de Aécio faltou um afago ao seu estado. Está bem que Aécio não ganhou na sua terra, mas e os que votaram nele? Eles não merecem o seu carinho?? Vamos dar desconto pela emoção do momento. Não é fácil para quem chegou muito longe e poderia ter vencido.

A presidente fez um discurso pós-vitória maduro, sincero, propositivo. Muito bom. Além dela se abrir para o entendimento, o diálogo com todos, foi sábia em eleger a reforma política como sua prioridade. A estrutura atual da política brasileira é um lixo.

Mas por que esta eleição foi útil para nos conhecermos? Porque é bom que saibamos de uma vez por todas que o voto de um não vale mais que o do outro. Tenho asco dos que odeiam os nordestinos em qualquer situação. Mais ainda quando alguns se sentem superiores no julgamento do voto. Aécio perdeu no Rio e Minas Gerais. Mas venceu em outros estados igualmente importantes. Faz parte do jogo.

Querer impor o mantra de que pobre vota no PT e o rico vota no PSDB também não é fiel ao que vimos vindo das urnas. O escore apertado após a conclusão da contagem de votos mostra um país desejoso de mudanças que nos coloque em sintonia com a contemporaneidade.

Tornar irrelevantes temas como homofobia, violência contra a mulher e descriminalização do uso de algumas drogas não se justifica. O pequeno grande Uruguai está aí a nos dar lições. Mujica foi votar de Fusquinha e ainda pediu ajuda para empurrá-lo. Eu sei como é isso, pois já tive 4 Fuscas na vida.

O brasileiro não quer só inflação baixa e crescimento econômico. Queremos liberdade e uma sociedade mais justa e menos mesquinha.

O jovem brasileiro de hoje não difere muito do jovem da década de 80. Se a canção dos Titãs não existisse, ela poderia ser composta hoje do mesmo jeito:

“A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte

A gente não quer só comida
A gente quer bebida
Diversão, balé
A gente não quer só comida

A gente quer a vida

Como a vida quer”.

Abaixo o pensamento monolítico e viva a diversidade. Saber aceitar os outros é um princípio básico. Se o povo escolheu Dilma, a escolha do brasileiro está feita e agora é trabalhar para que o Governo mais acerte do que erre. Boa sorte, presidente!

 

Sidney Rezende

Diretor do SRZD, apresentador do “Brasil TV”, da “Rede Globo”, e âncora de telejornais da “GloboNews”. Sidney foi um dos fundadores da “CBN”.

Fonte:

http://www.sidneyrezende.com/noticia/239548+para+que+serviu+esta+eleicao

O POVO E A MÍDIA

O POVO E A MÍDIA

O ano de 2011 começou com novidades no oriente médio. Mas precisamente no Egito onde uma combinação na dose certa. Um povo oprimido a décadas e uma mídia renovada utilizando a plataforma das redes sociais pois fim a ditadura de 30 anos de Mubarak. Não vamos esquecer que foi preciso ao POVO sair de sua inércia e ir para ruas, mas para isso existiu um movimento da MÍDIA bem articulado para convencer a esse POVO a tomar as praças e até a perder vida para mudar um regime que há 30 anos lhe oprimia.

Também aqui no Brasil, no Rio de Janeiro, na Cidade Maravilhosa e precisamente em Realengo temos novidades. Um jornal que irá ajudar as famílias residentes no bairro a perceber que muita coisa pode ser diferente. Mas não mudará apenas porque temos um jornal, pois também lá no Egito o regime não cairia só pela Mídia pelas redes sociais. O povo teve que ir às praças. Aqui também podemos ir às praças e veremos que muitas estão mal cuidadas. Veremos placas de obras que não perguntaram a nós moradores se eram tão necessárias. Veremos ainda faixas de vários políticos agradecendo a eles mesmo por obras que o dinheiro de impostos que pagamos e que a prefeitura faz em retribuição a quanto que pagamos e olha que o impostômetro anda subindo cada vez mais. Ano que vem teremos eleição para prefeito e vereador e você sabe em quem votou pela ultima vez para vereador, prefeito? Sabe quem foi o vereador que criou a taxa de iluminação que onerou a nossa conta de luz. Votaria nele para lhe representar na próxima eleição?

O Realengo em Pauta será parceiro do povo que quiser mudar o lugar que moramos. Mas para isso os moradores do bairro devem sair da inércia e começar a lutar para melhorias no saneamento do bairro, nos transportes, nas ruas, nos acesso para pessoas com necessidades especiais. Nós vamos mostrar as diferenças entre a cidade da zona sul e da zona oeste. Suburbanos com orgulho sim, mas com muitas carências que cabe ao poder público melhorar e nunca… Nunca… Nunca ser feudo de ninguém. Queremos Ética e Cidadania para Realengo.  Queremos participar dos projetos que são destinados ao nosso bairro. Queremos sim melhorias para Realengo de Norte a Sul. Para Jardim Batan, Jardim Novo, Parque Centenário, Capitão Teixeira, Barata, Av. Santa Cruz, Estrada da Água Branca e Fumacê.

Marcelo Queiroz – Morador do Parque Real – Lado Sul