Sobre Realengo em Pauta

Um Jornal totalmente dedicado ao bairro de Realengo. Informando e dando espaço em suas paginas, para que seus moradores expressem suas opniões, encaminhem sugestões e abre espaço para que comerciantes e empresários divulguem seus produtos ou serviços e com isso alavancar o progresso do bairro, gerando emprego aos seus moradores e melhoria de renda.

4 anos de saudades

Adriana Silveira, presidente da Associação dos Anjos de Realengo e mãe de Luiza Paula,
nos faz um relato destes quatro anos de saudade e da luta das mães dos Anjos de Realengo.

É uma luta desigual, mas a luta continua e contamos com o apoio da população que

sempre esteve ao nosso lado, e continua mandando uma palavra de conforto uma palavra
de carinho e isso tudo nos ajuda a se manter de pé, pois vivemos de altos e baixos e IMG_20150305_110422279_HDR IMG_20150305_110230760_HDRquando uma mãe está mais fraquinha vem outra e ajuda e vice e versa.

Hoje lutamos não mais pelos nossos filhos, mas pelos filhos
de nossos amigos e vizinhos por todas as crianças de nosso
país. Queremos o direito de botar nossos filhos dentro da
escola e ter a certeza de que vamos voltar e pegá-los com
vida, pois a situação da segurança das escolas está precária, os vigias e porteiros já foram
retirados, ficaram  durante três anos e agora todo já foram mandados embora,uma solução IMG_20150305_092851057_HDR IMG_20150305_092847251_HDR (1) IMG_9816temporária.

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 Homenagem aos Anjos.

E nós estamos pra receber uma homenagem em forma de estátua em tamanho real aqui em Realengo, e já que Realengo está pra fazer 200 anos, que possamos receber
este presente, em uma praça digna, uma praça legal, onde nossas crianças possam ir, brincar com segurança. Mas estamos sem local definido, optamos pela praça
Piraquara que é uma praça de fácil acesso a tudo, é bem visível enfim, mas estamos enfrentando o dilema que a nossa prefeitura se recusa a cobrir parte do Rio
Piraquara (atualmente o rio a divide). Assim ficaria uma praça única e mais segura, como já foi feito em outro rio no mesmo bairro, portanto é viável; juntamente com uma reforma, pois como hoje está nem podemos chamar de praça e sim logradouro público, tanto as
crianças quanto os 200 anos do bairro merecem uma nova praça.

PORTEIRAS DEMITIDAS PARTICIPAM DE MISSA DOS ANJOS

Conversamos com as porteiras Fátima Trota, Rosângela e Vilma Virgílio, que trabalharam na rede municipal de ensin, e que participaram da missa em memória dos anjos. Elas nos contaram que foram contratadas para trabalhar nas portarias logo após a tragédia da Escola Municipal Tasso de Oliveira. Passaram por um curso realizado na Guarda Municipal, que tinha cerca de 3 mil porteiros, e que passados 3 anos foram todos esses demitidos, ficando as portarias desguarnecidas e entregue a pessoas com desvio de função. Perguntam as porteiras como fica a segurança das escolas já que elas eram responsáveis pela entrada e saída, atendimento a estranhos, mantendo sempre os portões da escola trancados.

“Assim, as nossas crianças iam estudando com tranquilidade, os nossos diretores podiam trabalhar com tranquilidade. Os agentes educadores podiam ir para o serviço deles, que é circular pelas escolas e auxiliar os professores nos corredores. O secretário escolar podia ajudar o diretor na área administrativa, e a gente fica ali naquela parte.” – disse Vilma Virgílio, que trabalhou na Escola Municipal Ema Negrão de Lima, e indagou à secretária Helena Bomeny o porquê das porteiras não serem consideradas qualificadas, como teria afirmado a secretária, uma vez que passaram por curso realizado pela própria prefeitura. “O que será preciso acontecer? Uma nova tragédia?”

Lágrimas pelos Anjos:

Declaração de Tania Lopes (irmã do Jornalista Tim Lopes).

RP: Como você vê a situação no Rio de Janeiro, onde nós temos tragédias Tania Lopesdiferentes; queríamos que você falasse um pouco sobre isso.

TÂNIA LOPES: Eu acho que nós, pessoas de bem, que buscam a paz e a segurança, temos a nossa indignação sendo desafiada o tempo todo. Precisamos continuar nos indignando pela perda dos nossos jovens, das nossas crianças. E é uma situação quase que diária, cotidiana, que não pode se transformar numa coisa natural. Atos como esses, onde lembramos das mortes dos anjos de Realengo, Servem para sensibilizar o Estado, o governo, pra que a gente tenha a segurança nas escolas, um cuidado na questão dos defensores de direito, de educação, que são os nossos professores. É uma gama de situações seríssimas que precisam ser evitadas pra que essas situações não voltem a acontecer.

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Depoimento do Padre Núbio (pároco da igreja São José de Magalhaes Bastos)

RP: A Igreja é presente em todos esses momentos a presença da família junto às famílias dos doze anjos de Realengo. Como o senhor define essa presença, junto a essas famílias, mesmo muitos que não são católicos?

PADRE NÚBIO: Muito se questiona, quando acontece uma se acontece uma atrocidade, um incidente que comove a população dessa forma, onde está Deus nisso tudo? E muitos não percebem que Deus está logo ali, junto com as famílias. Então a Igreja mais do que Pe Núbionunca – e ainda mais a Campanha da Fraternidade esse ano vem lembrar isso – “A Igreja e a Sociedade”, a Igreja deve estar mais preocupada com as coisas da sociedade, com o sofrimento do próximo, não pode se manter numa posição à parte, ela tem que estar junto, tem que estar buscando o conforto, injetando esperança nos corações para que eles não venham a desanimar ou que o quadro não venha a piorar. Desde o início a Igreja se preocupou com essa questão dos doze anjos de Realengo, porque além de serem crianças aqui do nosso bairro, onde a Igreja Católica é bastante atuante. Além disso, eram jovens que participavam das nossas paróquias. Pelo menos temos a informação de que dos doze, quatro eram coroinhas, inclusive dessa Paróquia Nossa Senhora de Fátima e São João de Deus. Então mais do que necessária era a presença nossa. O nosso cardeal D. Orani Tempesta foi uma das primeiras autoridades a chegar no local, no dia do acontecimento, junto com a Doutora Marta Rocha, para consolar as famílias ali na hora. Então sempre que precisarem, nós vamos estar aqui representando a Igreja, representando esses doze jovens, que eram crianças que nós já consideramos nossos anjos, que intercedem por nós lá no Céu.

Ao final Padre Flávio pároco da paróquia Nsª Fátima e São João de Deus, onde foi celebrada missa de quatro anos dos anjos de Realengo.

Pe. Flávio

 RP: Gostaríamos de saber como o senhor vê esse momento, de dor e de saudade, e como é a presença da Igreja junto com essas famílias.

PADRE FLÁVIO: Eu procuro ser uma pessoa muito atenta. Assim que eu vi esse problema na escola, há 4 anos, eu liguei aqui pra paróquia, pra me inteirar do ocorrido. E hoje, Deus quis que eu estivesse aqui celebrando essa missa, sendo pároco da paróquia da região. É uma missa que a gente celebra com o coração apertado, triste, mas ao mesmo tempo, cheio de fé e esperança. A gente precisa unir as pessoas de bom coração, pra lutarmos contra essa violência que toma conta do mundo todo, do Brasil, do nosso Rio de Janeiro, que é uma cidade muito bonita, mas a violência está presente no coração do ser humano, e a gente precisa tirar todo esse sentimento ruim, e preencher com o amor, a paz, a misericórdia, lutar com muita determinação, e não desistir. A gente não pode desistir da paz, do amor. A gente precisa unir forças pra celebrar a vida, e tornar o próprio dia-a-dia algo melhor.

REALENGO 200 ANOS

Realengo está fazendo aniversário e não é um simples aniversário; junto com ele festejamos também a alegria de fazer parte desse bairro. Quando vim morar em Realengo, há 28 anos, trouxe comigo a esperança de reconstruir a minha vida, vida essa despedaçada, triste e amargurada. Encontrei aqui nesse lugar o acolhimento que tanto precisava para renascer e fazer ressurgir um novo tempo, tempo de esperança e realizações.

Aqui encontrei o amor e a confiança para realizar meus sonhos acalentados por muitos anos. Foi em Realengo que fiz amigos, terminei de criar minha filha, aqui nasceu meu filho, conheci meu amor, plantei árvores e escrevi livros. Realengo é um bairro muito especial, apesar da idade ainda falta muita coisa a ser conquistada para que seus moradores possam viver com tranquilidade.

Precisamos da construção de mais escolas e que elas tenham segurança para os nossos filhos estudarem e serem homens de bem, postos de saúde, médicos. Necessitamos de mais linhas de ônibus direto para o centro da cidade, local de trabalho da maioria dos seus moradores. Enfim, precisamos ainda de tantas coisas que precisaria um espaço maior para citar.

Vou ficando por aqui com a certeza de que um dia veremos nosso bairro sendo citado pela mídia como o melhor bairro para se viver no Rio de Janeiro, lugar de gente humilde, corajosa e trabalhadora. Porque quem faz o lugar é o povo que vive nele e aqui vive um povo cheio de esperança e confiante de que os seus sonhos não são UTOPIA.

Escritora do Jardim Novo

Carminha Morais

Autora dos livros: Ministério Abba Pai, Felicidades se constrói em doses homeopáticas, Onde anda você? Vidas entrelaçadas pelas linhas do tempo, Simplesmente por Amor, Muito Além das Estrelas, Estou de Olho em Você, O Trem da Minha Vida, e os Contos e Afins.

OPINIÃO:
Por Luiz Carlos Chaves

Eis que é chegado o Outono… E que bom que o verão se foi, deixando pra trás todas as camisas suadas, e o mal-estar de dias muito quentes, com temperaturas em torno de 50 graus. Já não aguentava mais aquele calor brabo, logo eu, que na juventude, fui rato de praia, chegava cedo e saía quase ao anoitecer, com um gosto de ainda quero mais, com muito frescobol, mergulhos para refrescar e tirar o cansaço, e a competição de pegar um Jacaré até a areia. Foi bom demais… Adorava o sol, como forma de ficar bronzeado, e ficar bonitinho para as menininhas… Essa fase passou, e hoje curto mesmo é um bom papo, com aquela pessoa do bem, de bom humor e alto astral, que me faz rir de tudo ao meu redor, e com muita sombra e água fresca, sem esse calorzão que já se foi com o Verão…

Mas nesses dias, o tom da conversa tem girado sempre em torno de um assunto, que muitos de nós estamos deixando de lado, e que é pra lá de fundamental para nós moradores deste bairro. Falo do Rio Catarino, e tudo que ele nos causa em dias de chuva forte. O Rio Catarino é um rio estreito, raso e saturado, e jamais poderia ter recebido as obras do Rio Cidade, onde as águas pluviais, do lado da Av. Santa Cruz, foram jogadas para esse Rio. Elas deveriam ter sido jogadas para o Rio Piraquara, que é largo, profundo e não saturado.

Por motivo de economia porca, e a falta de um estudo de impacto, o Catarino recebeu, no final de 1999, as águas advindas da chuva, numa ligação em frente à Universidade Castelo Branco, e depois desta ligação feita, aliada à ignorância das pessoas que teimam em jogar lixo nos rios, os transtornos que ficaram, são enormes, causando danos a uma grande população, que fica rezando para não chover forte, pois toda uma região fica inundada, desde a Av. Santa Cruz, em frente a Universidade Castelo Branco, Rua Bernardo de Vasconcelos, onde ficam a Comlurb, e os Colégios Coronel Corcino e Gil Vicente, e a estação de trens de Realengo, até a Av. Brasil, quando finalmente se encontra com o Rio Marinho e continua seu curso para o Estado do Rio.

Mas, o maior transtorno causado, é na Favela do Vintém, que fica com muita lama e sujeira, e todas as ruas próximas também ficam sujas e alagadas, como a Estrada da Água Branca, Rua Petrópolis, Rua Recife, Rua Marechal Falcão da Frota, Marechal Agrícola, Marechal Marciano, Rua Barão Triunfo e muitas outras… Uma verdadeira tragédia.

Existem muitas soluções para essa burrada que foi feita no Rio Cidade, e cito uma solução como exemplo de tantas outras, que é rasgar a Rua Professor Venceslau, atrás da Universidade Castelo Branco, em linha reta, direto, colocando manilhamento até o Rio Piraquara, que é como a obra do Rio Cidade deveria ter sido feita, numa obra de aproximadamente 1 quilômetro, para esvaziar um pouco do volume do Rio Catarino. Mas o que falta mesmo para acabar com esse problema nefasto é vontade política, é vontade de acabar com o sofrimento de quase 20 mil pessoas que são atingidas toda as vezes que chove forte. Isso só terá fim, quando a população for para as ruas, e cobrar do Governador e do Prefeito o fim deste sofrimento.

Como somos um povo acomodado e sem culhões, vamos viver essa tragédia anunciada, ainda por muitos anos, a não ser que apareça um ser que torne possível a sensibilização da grande massa deste local, botando o bloco na rua, com faixas, e tudo que se puder fazer para causar transtorno e chamar a atenção, e que se cobre de maneira efetiva, as obras necessárias, para dar fim a essa esculhambação de falta de vontade em dar fim ao sofrer dos moradores de Realengo, por onde o Rio Catarino passa.

Luiz Chaves

Luiz Carlos Chaves

Mas a solução fica difícil pois não se tem onde colocar uma placa de realização da obra, porque é debaixo do chão, e por isso os políticos não serão reconhecidos, e não se esforçam para concretiza-la, daí a dificuldade em se fazer uma obra, e não ser lembrado pelo feito. Isso é uma “Vergonha”… Com a palavra os políticos da Região Administrativa, Sub Prefeitura, Vereadores e deputados da Zona Oeste.

UPP BATAN FAZ FESTA DE PÁSCOA

UPP BATAN FAZ FESTA DE PÁSCOA

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A UPP BATAN comandada pelo Tenente Ronald Carvalho fez a festa de Páscoa para as crianças no Batan e distribuiu ovos de Páscoa tanto no Batan como no Conjunto Água Branca (Fumacê).

Segundo o Comandante, a festa realizada na sede da UPP foi aberta para toda a comunidade, mas são as crianças que já fazem parte das atividades esportivas que se fizeram mais presentes. Além da piscina, as crianças tiveram também um pula-pula para brincarem antes de receber bombons, ovo de páscoa e bolo.festa 254 festa 241

Integração entre crianças da comunidade e filhos de PM

A UPP BATAN mostra-se no caminho certo. Na festa da Páscoa conversamos com a soldado Machado que estava com sua família na festa. Ela nos conta que sempre leva seu filho de 13 anos e agora sua filha menor nas festas realizada pela UPP. Para a soldado isso é o maior exemplo da confiança que a equipe tem no projeto de pacificação.

Foz Água 5, presente na Festa da UPP Batan

A Foz Água 5 esteve presente na Festa da UPP Batan. Segundo Antônio Pimenta, integração 1 Foz agua 5representante da concessionária, a integração é importante, pois a empresa quer participar da transformação da sociedade – assim com também é o objetivo da UPP, nas palavras de seu comandante. Para Antônio, esta é a oportunidade para explicar sobre o que está acontecendo num momento em que tantas obras estão sendo feitas, com o objetivo de instalar a rede de esgoto, não só no Batan, mas em toda Zona Oeste. Na festa, houve explanação sobre o uso da água e distribuição de brindes para as crianças, bem como de ralos que evitam que os resíduos sólidos passem para dede de esgoto.

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Alagamentos na Rua General Raposo

As eleições se passaram. Os candidatos eleitos são os mesmos e nossos problemas também. Quando chove nossas ruas enchem. Chuvas rápidas e não temporais. Parece matéria repetida mas não é. Já retratamos aqui fotos da Pedro Gomes tiradas pela moradora Sonia Regina e agora nosso fotógrafo é o Thiago Machado da Rua General Raposo. As obras prometidas não são feitas.   gen raposo 1  29032015 gen raposo 1 22032015 gen raposo 3 22032015 gen raposo 3 29032015 gen raposo 4 22032015

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CHEGAMOS A ABRIL

O mês de Abril chega e para Realengo SEMPRE será marcado pela tragédia da Escola Tasso da Silveira. Sempre prestaremos aqui homenagem aos nossos 12 anjos. Nunca deixaremos esquecer essa tragédia. E sempre tentaremos cobrar atitudes para que em nenhuma escola isso se repita. Mostramos nesta edição o drama das porteiras que foram contratadas após a tragédia. Acompanhamos o realenguense Vitor que atua na Casa Fluminense no debate em Senador Câmara sobre mobilidade. A primeira forania traz a palavra do Vigário Episcopal padre Felipe. Na UPP Batan o tempo de pascoa traz distribuição de ovos e bombons na sede e nas ruas do conjunto Agua Branca. Batemos novamente na tecla das chuvas nas ruas do bairro e apresentamos foto da rua gen. Raposo. Além de nossas colunas Ética e Cidadania e Deu no Blog convidamos você a leitura dos artigos dos realeguense Luiz Carlos Chaves e Carminha Morais. Boa leitura

 

 

Homenagem a Realengo dá título a União de Realengo

Homenagem a Realengo dá título a União de Realengo       

A União de Realengo conquistou mais um título neste Carnaval. A galera da UR resolveu neste ano homenagear o bairro de Realengo que este ano completa 200 anos. A fantasia deste ano trouxe o monumento da maçonaria “bem vindo a Realengo”. As crianças dos Anjos de Realengo foram lembradas pelo grupo de bate-bolas e o Brasão do bairro também foi incluído na fantasia. As mães dos Anjos de Realengo ficaram emocionadas ao verem os nomes de suas crianças estampadas na fantasia.

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HOMENAGEM AS MULHERES 

Ela me espera. Ela fica ansiosa para me ver. E me liga só para dizer que está com saudades. Ela diz que ama e que morre de tesão por mim, também. Ela me faz carinhos e arranhões que nunca tive. E me beija o corpo inteiro. E quando briga comigo por ciúmes é silhuetapor medo de me perder. Ela é perfeita, mas não sabe. O meu lado possessivo até acha isso bom. Porque no dia que ela perceber que ela é dez mil vezes melhor do que qualquer mulher nesse mundo, vai querer outro cara dez mil vezes melhor do que eu. E há vários caras perfeitos por aí. Mas não sei como, ela se encantou por minha barba mal feita, por minhas piadas sem graça e por meus olhos cansados. Bendita a sorte a minha. Até hoje não sei o que falei para ter roubado a atenção dela. E, se um dia descobrir, MAES NA UR 2falarei o dia inteiro. Trato-a como uma rainha tendo a certeza de que não sou merecedor de um lugar em teu altar. Mas me esforço tanto que ela acha graça até das minhas imperfeições. É a sorte de ser o sonho da mulher dos seus sonhos.

 

Abertura do Show

  Abertura do Show

Na abertura do Tributo apresentou-se um grupo denominado Projeto 1 Som, cujo líder, o baterista Jonatas Freitas, mencionou que a finalidade do seu trabalho era musicalizar a nosa área e incentivar a música instrumental. As três músicas apresentadas são de autoria do Jonatas, coisa difícil de acontecer já que os bateristas são músicos mais de base de JAZZ 10acompanhamento, no passado chamado de cozina (baixo, bateria, guitarra e teclado). No show parecia que os líderes não seguiram esta linha, pois a bateria ficou em evidência na frente do palco. No passado mesmo os bateristas líderes de grupos colocavam a bateria atrás dos sopros, junto com os demais instrumentos de acompanhamento. Hoje com toda tecnologia não vejo necessidade da bateria ficar na frente. Um som bem equalizado descarta de colocar a bateria em destaque.

As músicas apresentadas foram: A História, Flood e Destino como citei acima todas de autoria do Jonatas.

O Grupo formado por:  Jemuel Silva – Guitarra; Davi Henrique – baixo; Filipe Martins – teclado e Jonatas Freitas – bateria.

A globalização não poderia deixar de estar representada na música. Hoje qualquer música instrumental que tenha improvisação é denominada jazz. Havia uma preocupação no passado, mesmo no free jazz, que houvesse uma introdução no tema, geralmente um standard (música popular conhecida) ou uma música de autoria de músicos que fizeram grande sucesso, isto facilitava os iniciantes no jazz a assimilar melhor os improvisos. Não sou saudosista, mas creio que mesmo as feras como Eric Dolphy, Ornete Coleman e outros se preocupavam com isto, mesmo tocando free jazz. Rotular o jazz confunde o ouvinte iniciante e hoje existe pouca gente tocando o verdadeiro jazz. A nossa sociedade é obrigada a engolir o lixo divulgado nas nossas emissoras de rádio e televisão e, também, não têm o hábito de frequentar ambiente com esta modalidade de música, assim acredito que o grupo está no caminho certo.

Apresentação do Victor Bertrami

Conversei com ele antes do show e ele resolveu apresentar o grupo, inclusive os músicos. Vale a pena ressaltar a presença do baterista, cria da Zona Oeste, Robertinho Silva que veio abrilhantar ainda mais a apresentação do grupo. Segundo o líder do grupo as músicar apresentadas faziam parte do CD recentemente lançado com as participações especiais do Robertinho Silva, Ney Conceição, Vitor Biglione e Leonardo Amuedo.

Não poderia deixar de comentar a participação do saxofonista e co-produtor do evento Jefferson Rino com apenas 16 anos, capaz de encarar um desafio deste como um bom exemplo para nossa juventude.

Grupo Victor Bertrami – Bateria; Humberto Lescowitich – Baixo; Natam Gomirabelli – Guitarra e partipação especial de Robertinho Silva.JAZZ 09

Tributo a José Roberto Bertrami

Tributo a José Roberto Bertrami

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Jamais poderia imaginar que pudesse ser criado um espaço cultural na Estação de Realengo, já que a Secretaria de Cultura passa longe da Zona Oeste. Fiquei gratificado por ser convidado para apresentação do Evento. Cria de Realengo, cheguei aqui com 1 ano de idade e saí com 26. Vivi a glória deste bairro. Aqui existiam vários espaços de lazer como clubes, praças, quadras de esporte, cinema e vários campos de futebol. Fico triste em chegar em Realengo e ver o descaso da prefeitura em melhorar o acesso à cultura e lazer.

Realengo foi o bairro em que existia mais jazófilos das Zona Norte e Rural (atual Zona Oeste) do Subúrbio da Central. Naquela época era muito difícil comprar discos e, também, a mídia já divulgava mais o lixo do que a qualidade, apesar de existir emissoras que JAZZ 02tinham programas de Jazz e Clássico para os mais exigentes ouvirem música de qualidade. O fato de Realengo ser o local onde tinham mais fãs de Jazz foi reconhecido pelos próprios músicos que vinham tocar e ouvir música de jazz importada dos EUA. Os moradores que tinham mais discos eram: Zé Russo, os irmãos Louzada (Orlando e Osvaldo), Félix, Jaime Duque Estrada, os irmãos Paulo (Juarez e Heleno) e Nininho em Bangu. Na casa dos Louzadas existia um piano sem calda, um som mono de altíssima qualidade e uma discotena excepcional. Vinham músicos até de Copacabana para tocar nos finais de semana. No Studio do Zé Russo e do Osvaldo Louzada eles montavam e consertavam som e nos fundos da loja existia uma sala acústica onde os músicos ensaiavam e tocavam.JAZZ 05

Hoje com a facilidade que tem na Internet o acesso ao jazz tradicional e contemporâneo é muito fácil. Basta entrar numa ferramenta de busca e estará diante do músico de sua preferência, sem contar com o Deezer, Itunes e Jazz rádio que tem jazz para todos os gostos. Vale a pena resaltar que com todas estas facilidaes os músicos ouvem pouco e estudam também pouca música, acreditam mais no seu virtuosimo do que na técnica. É um mal que atinge a nossa sociedade que também não gosta de ler. Quem não lê, não ouve, não estuda e não pode ser um bom músico.

José Roberto Bertrami

Fez sucesso com a música Linha do Horizonte com o grupo Azumuth. Com mais de quarenta anos de carreira, lançou 27 trabalhos, entre LPs e CDs com este grupo. Em Portugal, teve quatro compactos duplos que foram lançados na época da Jovem Guarda.

Pela vendagem dos discos, recebeu vários prêmios e troféus importantes do cenário artístico brasileiro. Participou de vários programas de televisão no eixo RioSão Paulo. Além disso, foi muito aplaudido em shows realizados na Colômbia e no Paraguai. Viveu seus últimos anos de vida na cidade do Rio de Janeiro.

Azymuth é uma banda brasileira de diversas influências, formada em 1973 na cidade do Rio de Janeiro por três conhecidos músicos de estúdio que acompanharam diversos artistas de sucesso da música popular brasileira na década de 1970: José Roberto Bertrami, Alex Malheiros e Ivan Conti. Obtiveram moderado sucesso com sua carreira no Brasil até se mudarem para os Estados Unidos e iniciar uma carreira internacional longa, eclética e de sucesso durante os anos 80. Após problemas no início da década seguinte, voltam a boa forma a partir da segunda metade da década, impulsionados pelo estouro do Acid Jazz e um renovado interesse pelo seu trabalho, assinando com a gravadora inglesa Far Out Recordings. Em 2012, com a morte do tecladista Bertrami, o grupo continuou suas atividades com Fernando Moraes em seu lugar.

Suas músicas são majoritariamente instrumentais, variando desde o samba até o funk, numa espécie de jazz fusion, constituindo-se num estilo chamado pelos integrantes de “samba doido”.[1] [2] Seus principais sucessos são “Linha do Horizonte”, “Melô da Cuíca” e “Voo sobre o Horizonte” – no Brasil -, além do grande sucesso internacional “Jazz Carnival”.

Wikipedia.com

Victor Berttrami

Release: http://www.victorbertrami.com/#!release/c161y

 

Victor Bertrami é Baterista renomado no Rio de Janeiro, já tocou com grandes artistas da MPB e música instrumental como: João Nogueira, Leila Pinheiro, Elza Soares, João Donato, Danilo Caymmi, Toninho Horta, Leo Gandelman, entre outros. Nascido em família de músicos é filho do grande pianista, compositor e arranjador José Roberto Bertrami (1946-2012) líder do mitológico grupo brasileiro de jazz fusion e sambalanço; AZYMUTE, grupo que fez sucesso durante quatro décadas, apresentando-se em todo mundo.

Victor gravou ao vivo uma merecida homenagem a seu pai, que resultou no seu primeiro CD solo intitulado “Similar, a obra de José Roberto Bertrami”. O talentoso baterista capturou com perfeição o espírito das composições acertando no suingue, em tributo emocionante. O CD está sendo lançado pela Rob Digital e inclui composições consagradas do maestro como “Last Summer in Rio” e “Partido Alto 3”, grandes temas que ganharam novos arranjos e participações especiais de Robertinho Silva, Ney Conceição, Victor Biglione e Leonardo Amuedo.

Por Heleno Getúlio Paulo

É MENTIRA! MAS QUAL A VERDADE?

É MENTIRA! MAS QUAL A VERDADE?

Nossa região recebeu na primeira quinzena de fevereiro, uma dezena de Outdoor’s que continha essa afirmação: É MENTIRA. Mais que divulgar que o que se anda dizendo por aí é uma mentira, seria de bom divulgar a VERDADE dos Fatos. É de interesse público! É o que nos diz expressão “À mulher de César não lhe basta ser honesta, tem também de parecê-lo”. A nossa democracia carece muito da atuação do cidadão. O exercício da CIDADANIA evitaria milhares de condutas nefastas que contrariam o interesse público. Mas nosso exercício de CIDADANIA ainda está engatinhando. Recentemente uma parceria público-privada possibilitou a atuação do poder público na Zona Oeste com a atuação da SEOP no que se diz respeito ao estacionamento irregular. Caminhões reboques passaram a atuar diariamente e noturnamente nas ruas dos bairros rebocando carros que estão estacionados nas calçadas. O que não sabemos e aguardamos que algum órgão público municipal nos informe é A QUEM PERTENCEM OS REBOQUES? E A QUEM PERTECEM OS TERRENOS que são usados como DEPÓSITOS? Sim, a isto chamamos TRANSPARÊNCIA. O estacionamento nas calçadas é irregular e deve ser denunciado por qualquer cidadão usando a famosa ferramenta da PREFEITURA que é a ligação para 1746. Sua denúncia pode ser anônima. Mas o que a população da Zona Oeste quer saber é quem de fato LUCRA com a chamada atuação comandada pela SEOP, pois não vemos tamanho “interesse” na atuação da prefeitura em outros casos de irregularidades como a fiscalização dos transportes coletivos, retirada de população de rua e estacionamento irregular nas portas dos colégios da região. Será que é porque essa ações não rendem dinheiro a terceiros interesses privados? Com a palavra o Prefeito! Ou o secretário de Ordem Pública! Ou qualquer agente público com interesse de mostrar a verdade sobre os reboques.

MARCELOQUEIROZ Morador do lado sul

MARCELOQUEIROZ Morador do lado sul

Estrada dos Teixeiras, um caminho viável até Jacarepaguá.

50 minutos caminhando sem pressa vamos de Realengo ao Boiúna”

 

Fica a dica de uma caminhada bem interessante.

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Sempre ouvimos falar que este caminho era praticável, mas agora comprovamos e ele existe há mais de meio século e as autoridades nunca colocaram em prática o seu uso, mas agora impõe uma via (Transolímpica) com tarifa de pedágio em perímetro urbano (discordamos totalmente desta cobrança).

A Aventura!

O grupo sócio cultural Maria Realengo organizou um passeio pela Serra do Jardim Novo na Estrada dos Teixeiras, com destino à Boiúna (sub-bairro de Jacarépagua). Adoramos a ideia, pois leitores anteriormente já tinham dado a dica que esta estrada é viável e bem cuidada, mas sinceramente desconhecíamos e sempre que perguntávamos um ou outro, as respostas eram parecidas ou desconheciam ou fazia GEDSC DIGITAL CAMERAtempos que não iam lá e tinham receio da violência ou o que se iria encontrar. Bom, para sabermos a verdade encaramos o desafio e nos preparamos para a empreitada, fizemos o registro fotográfico do local e contamos aqui a aventura.GEDSC DIGITAL CAMERA

 

Marcamos às 07h30min, mas alguns atrasos nos fizeram sair somente as 09:00 hs. Mas em 50 minutos chegamos à Taquara no ponto final do ônibus 761.

No início do caminho, que fica na Avenida Frederico Faulhaber, na junção da Manoel Nogueira de Sá, com Pirpirituba a Rua do Canal  atrás da Clínica da Família John Cribbin, área residencial bem simples. Motos e carros cruzam a via diversas vezes tanto subindo ou descendo. É um pouco estreita no começo, mas logo adiante ela fica mais larga e com trechos constantes de asfalto.

A impressão que se tem é que estamos em uma zona rural, com casas com quintais enormes e muitos animais como patos, galinhas, gansos e cabras livres nos terrenos com chácaras e roças tímidas em um ponto e outro encontramos córregos que surgem do meio das pedras e esquecemos que ainda estamos em Realengo.

Muitas casas simples e pequenos sítios ao longo do caminho volta e meia surge uma casa ou outra que ostenta certo conforto. Em algumas vezes no alto da serra, avistávamos bairros ao longe.

Depois muito verde ao por todos os lados, em um dado momento cruzamos com uma carroça que nos fazia lembrar ainda mais um lugarejo do interior realmente e um pouco mais adiante já na descida perguntamos a uma moradora que bairro era aquele,  esta foi rápida: Taquara.GEDSC DIGITAL CAMERA

E isso foi em menos de uma hora onde fomos curtindo, fotografando cantando, parando aqui ou acolá para apreciar algo.

Também encontramos lixo jogado nas encostas, indagamos algumas pessoas que afirmam que a Comlurb passa regularmente, e somente alguns moradores são realmente ignorantes.  Isso já no Bairro Boiúna avistamos o Hospital Santa Maria e vimos que a prefeitura está construindo um EDI (Espaço de Desenvolvimento Infantil) na Estrada dos Teixeiras.

Ai viramos à direita sobre uma ponte e fomos na direção do Lar Frei Luiz (não chegamos até lá, pois tomamos outro caminho).

Uma parada para um churrasquinho básico que foi preparado pelo Sidnei na Rua Pereiro, no bar Bicão de propriedade de Dona Célia… (que nos contou que todos domingo bem cedinho logo que ela abre, chegam dois senhores que caminham de Realengo, e param para molhar a palavra).

Energia Positiva.

Foi uma parada longa que terminou somente às 13h 47 min, onde ouvimos música, papeamos e descansamos para parte final… esta sim realmente de trilha (imaginem com a barriga cheia subir o morro novamente).

Foi um dia agradável e surpreendente, pois é muito prazeroso constatar que praticamente no quintal de nossa casa podemos estar em contato com a natureza e boa parte dela muito bem preservada. Não preciso descrever muito, pois as fotos falam por si. Em alguns locais constatamos que o replantio vem ocorrendo e em bem pouco tempo tudo vai estar GEDSC DIGITAL CAMERAnovamente reflorestado. Depois saímos numa trilha que sai atrás do Jardim da Saudade.

Atualizando. Esta publicação original foi feita no Blog Pró-Realengo em setembro de 2012 e sobre o asfalto é possível passar com tranquilidade com um carro alto, pois no trecho inicial ainda não asfaltado, existe trechos com certa dificuldade, mas superável. O caminho final da trilha não existe mais (saída atrás do Cemitério), pois com a Transolímpica, este trecho foi interditado.